Instituto Tomie Ohtake reúne obras de artistas revelados desde 2001
Mostra "Os Dez Primeiros Anos" marca uma década de atividade do espaço cultural
Para celebrar dez anos de atividade, o Instituto Tomie Ohtake retoma uma de suas grandes realizações, a série de mostras “Meio Século de Arte Brasileira”. Entre 2006 e 2007, quatro montagens divididas em períodos específicos e assinadas por curadores renomados exploraram o melhor da produção nacional dos anos 60 ao início deste século. Agora, “Os Dez Primeiros Anos” apresenta obras de cinquenta dos principais artistas revelados a partir de 2001, em um conjunto impecável e raramente reunido. “Para fazer a seleção, analisamos programas como Rumos, do Itaú Cultural, Prêmio Marcantônio Vilaça e Bolsa Pampulha, fora as bienais de São Paulo e Mercosul”, explica Paulo Miyada, coordenador do Núcleo de Pesquisa e Curadoria do instituto, responsável pela curadoria ao lado de Agnaldo Farias e Tiago Mesquita. Em comum aos integrantes dessa geração destaca-se o fato de terem vivenciado um ambiente artístico mais profissionalizado, tanto nos cursos de graduação e pós-graduação quanto no trato com o mercado e o circuito de modo geral.
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Todos os suportes foram contemplados, da instalação ao vídeo. “Chamou a nossa atenção a quantidade de pintores revelados recentemente, pois na última exposição do ciclo esse era um gênero quase ausente”, diz Miyada. Vários jovens talentos da pintura são representados, caso de Marina Rheingantz, Bruno Dunley, Eduardo Berliner, Rodrigo Bivar, Lucia Laguna e outros. Sobressai o óleo Poça, de Ana Elisa Egreja, em diálogo direto com a fotografia. Não há, contudo, divisões temáticas restritivas, ou seja, os diferentes materiais aparecem de forma misturada. Dos nomes que vão além dos pincéis, estão lá, por exemplo, Marcius Galan, Felipe Cohen e Marilá Dardot.