Ultrafarma tem propagandas suspensas pela Anvisa
De acordo com a agência, produtos da empresa apresentam "propagandas que atribuem propriedades terapêuticas, de saúde ou funcionais não autorizadas"
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu comerciais que atribuam propriedades terapêuticas a produtos da Ultrafarma, gigante do setor farmacêutico que tem garotos-propaganda como Neymar. A decisão atinge ainda a Maxinutri, marca especializada em suplementos funcionais.
A resolução argumenta que ambas as empresas apresentam “diversas propagandas que atribuem propriedades terapêuticas, de saúde ou funcionais não autorizadas” aos produtos vendido na internet. Entre outros exemplos, o texto cita medicamentos e alimentos que traziam indicações como ‘ação antitumoral’, ‘reduz o risco de doenças cardiovasculares’ e ‘reduz a queda de cabelo’.
De acordo com as normas da Anvisa, esse tipo de afirmação só pode ser feita em itens registrados pelo órgão, que faz testes para comprovar as possíveis propriedades terapêuticas.
Procurada, a Maxinutri informou que já removeu as informações irregulares do site da empresa. A Ultrafarma não se manifestou até a publicação.
Polêmica
Não é a primeira vez que a Ultrafarma se envolve em embaraços de marketing. Em fevereiro, o prefeito publicou nas redes sociais um vídeo no qual divulga um suplemento vitamínico da empresa. “Nossos secretários precisam estar vitaminados para aguentar o ritmo!” dizia o post. À época, a cena dividiu opiniões entre os seguidores de Doria.
Segundo informações de VEJA, o empresário Sidney Oliveira havia contribuído no dia anterior com um cheque de 600 000 à prefeitura para compra de medicamentos. Oliveira cedeu também parte do pacote de anúncios da Ultrafarma em jogos da seleção brasileira ao Cidade Linda, principal programa da gestão tucana.