Trabalho colaborativo ganha espaço na cidade
Escritórios de co-working e feiras de trocas solidárias propõem formas diferentes de produção
A cinza e objetiva São Paulo, eterna terra das oportunidades, cada vez mais revela também frestas colaborativas. Espaços de co-working e feiras de trocas solidárias ganham espaço na cidade e propõem uma nova forma de trabalho e produção bens. Neste fim de semana, mais um passo é dado nessa direção com a segunda edição da Virada Sustentável.
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“Sustentabilidade e economia criativa andam lado a lado. A partir do momento em que pessoas que se juntam para compartilhar recursos, passam a criar ideias em conjunto”, conta Fernanda Nudelman, 31 anos, criadora do primeiro escritório coletivo de São Paulo, em 2008. O local está em seu segundo endereço — um sobrado na Rua Augusta — e já procura um imóvel maior.
Os espaços de co-working oferecem infraestrutura básica (internet, telefone, mesa, sala de reunião) para profissionais diversos — principalmente da área de publicidade, design e web — que passam a dividir o mesmo local de trabalho. “A ideia é ter várias unidades pela cidade e, assim, criar uma rede, tanto de pessoas como de lugares, para ninguém precisar cruzar São Paulo para fazer coisas simples, como uma reunião”, explica Fernanda.
Outra ação que ganha força são as feiras de trocas solidárias, que servem tanto para valorizar pequenos artesões e produtores como para dar um novo destino a livros e brinquedos usados. “Um produto pode ser trocado por outro, como um escambo, ou por uma moeda social, que pode ser usada no mesmo local ou em uma feira de troca parceira”, afirma Filipe Bannitz, 32 anos, estudante e integrante da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da FGV (ITCP-FGV).
“A troca aumenta a vida útil dos produtos, permitindo a melhor utilização do que já foi produzido. Se algo passa a ter utilidade para outra pessoa, não há necessidade de um novo produto. Isso também gera alternativas de compras complementares para a aquisição de produtos pela população de baixa renda”, completa.
A ITCP-FGV ajuda na organização de duas feiras realizadas mensalmente nas regiões do Glicério (região central) e do Jaguaré (Zona Oeste), que concentram, conforme a edição, entre vinte e trinta produtores de alimentos, artesanato de reciclagem, além de prestadores de serviços, como massagistas. “Em cada uma dessas feiras, circulam entre R$ 5.000 e R$ 10.000”, diz Bannitz.
Associações e entidades culturais na cidade como o Cineclubesocial Crisantempo e a Casa das Rosas engrossam o time de organizações que promovem feiras abertas ao público, convidado a levar livros e brinquedos e repassá-los para novo donos, além de fazer novas aquisições.
Confira as próximas feiras agendadas e saiba onde encontrar escritórios de co-working em São Paulo:
FEIRAS
Quando: sábado (2), das 9h30 às 12h30, dentro da Virada Sustentável
Onde: Praça Victor Civita
Feira do Cineclubesocial Crisantempo
Quando: domingo (3), das 14h às 17h, dentro da Virada Sustentável
Onde: Cineclube Socioambiental Crisantempo
Feira de trocas solidárias CEU Casa Blanca
Quando: 9 de junho, das 13h às 16h
Onde: CEU Casa Blanca
Feira de trocas solidárias do centro de SP
Quando: 16 de junho, das 10h30 às 14h30
Onde: R. Dr. Lund, 361, Liberdade
Feiras de troca de livros, HQs e brinquedos
Dia: 30 de junho, das 14h às 17h
Onde: Casa das Rosas
ESCRITÓRIOS DE CO-WORKING
Pto de Contato
R. Augusta, 2690, Jd. Paulista – Tel.: 2626-0860
Horário: de 2ª a 6ª feira, das 9h às 21h
Clubwork
Av. Paulista, 2.202, Bela Vista – Tel.: 3795-8222
Horário: aberto todos os dias, 24 horas
2Work
R. Líbero Badaró, 421, Sé – Tel.: 3522-3111
Horário: aberto todos os dias, 24 horas
The Hub
R. Bela Cintra, 409, Bela Vista – Tel.: 3539 – 8574
Horário: de 2ª a 6ª feira, das 9h às 21h
Casa de Cultura Digital
R. Vitorinio Carmilo, 459, Santa Cecília – Tel.: 3662-0571
Horário: aberto todos os dias, 24 horas