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Serviços e curiosidades do bairro do Tatuapé

Urbanizado e com ampla estrutura de lazer e serviços, o local abriga pontos históricos e passeios curiosos

Por Thais Reis Oliveira [colaborou Gabrielli Menezes]
Atualizado em 21 dez 2017, 12h39 - Publicado em 15 dez 2017, 06h00

Esta imagem foi escolhida pelos leitores de VEJA SÃO PAULO para representar a beleza do bairro. Inspire-se nela e poste também suas fotos usando a hashtag #BelezaTatuapé

Todas as glórias do Timão

Memorial do Corinthians, no Parque São Jorge (Renato Puzzutto/Veja SP)

Desde 2006, o Parque São Jorge, sede social do Corinthians, abriga um memorial dedicado aos 107 anos de existência do time, fundado por um grupo de operários do Bom Retiro durante uma conversa à luz de um lampião. O espaço no Tatuapé traz objetos antigos e uma sala que simula a emoção de estar nas arquibancadas. O destaque fica por conta dos enormes painéis com fotos de craques que fizeram história no Timão. São 42 no total — de feras como Roberto Belangero, Teleco, Sócrates e Luizinho a ídolos mais recentes, entre eles Edilson e o argentino Carlos Tévez.

Espere ver ainda a réplica de um vestiário (o original encontra-se a pouco mais de 10 quilômetros dali, em Itaquera) e telões que exibem vídeos dos gols responsáveis pelos títulos mais importantes. A entrada custa 18 reais. Rua São Jorge, 777, Tatuapé, ☎ 2095-3000. Quarta a sexta, 10h às 17h; sábado, domingo e feriados, 10h às 16h.

Vencedora da folia

Desfile da Acadêmicos do Tatuapé, no Sambódromo do Anhembi (Heitor Feitosa/Veja SP)

É da Acadêmicos do Tatuapé o atual título de campeã do Carnaval de São Paulo. Fundada, em 1952, como Unidos de Vila Santa Isabel, no limite entre o bairro homônimo e o Tatuapé, a escola de samba só ganhou o nome que tem hoje após seu fundador, Osvaldo Vilaça, o Mala, se mudar com a família para a Rua Antônio de Barros, em 1964. A agremiação enfrentou altos e baixos até se firmar entre as mais bem colocadas do grupo especial a partir dos anos 2010, em uma escalada que culminou em sua primeira conquista, em 2017.

Faltando pouco menos de dois meses para a folia, realiza ensaios todas as semanas. Depois de levar o troféu no sambódromo com uma homenagem a festas e tradições religiosas de países africanos, a escola espera garantir o bicampeonato em 2018 com um desfile sobre o Maranhão. Ainda há vagas para participar de três das cinco alas coreografadas. Para se associar à escola, o valor é de 80 reais.

Construção santa

(Mapio.net/Reprodução/Veja SP)

O pedaço era um amontoado de chácaras e estradas de terra quando teve início a história da Paróquia Cristo Rei, uma das mais tradicionais por ali. A primeira capela começou a ser erguida em 1929, graças à boa vontade de famílias generosas. A construção pequena e modesta deu lugar a um grande templo nos anos 30, período em que o Tatuapé experimentou o nascimento da fase industrial.

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O endereço ficou conhecido pela beleza das imagens de madeira e de outras obras, assinadas pelo escultor alemão Bernard Franz Heisse. Vindo da Europa para um projeto que não deu certo, no Rio de Janeiro, ele foi trazido a São Paulo por padres da Zona Leste paulistana e morou com a mulher por algum tempo nas dependências da paróquia. Em agradecimento, esculpiu o altar e todas as imagens do interior da igreja.

A menor estaiada

Viaduto do complexo viário Padre Adelino (Cida Souza/Veja SP)

Inaugurado em 2011, o viaduto do complexo viário Padre Adelino é resultado de uma reivindicação de dez anos feita pelos moradores do bairro para acabar com os quilométricos congestionamentos entre a rua homônima e a Avenida Salim Farah Maluf. Assim como a Ponte Governador Orestes Quércia, na Marginal Tietê, a obra traz uma semelhança arquitetônica com a gigantesca Ponte Estaiada, no Brooklin. O uso de cabos de aço (chamados estais) ligados a um mastro é considerado uma das técnicas mais modernas de construção civil. Eles exigem pouca manutenção e resistem por mais de um século. Compare as diferenças entre as ligações viárias do tipo na capital:

Ponte Octávio Frias de Oliveira
Inauguração: 2008
Número de estais: 144
Extensão: 1,6 quilômetro
Custo: 260 milhões de reais

Ponte Orestes Quércia
Inauguração: 2011
Número de estais: 88
Extensão: 660 metros
Custo: 85 milhões de reais

Viaduto Padre Adelino
Inauguração: 2011
Número de estais: 40
Extensão: 122 metros
Custo: 29,9 milhões de reais

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Mais opções para comer

O cenário gastronômico do pedaço está se transformando. Nos últimos três anos, a pizzaria Bráz, o asiático Tantra e o contemporâneo Rios chegaram à região para fazer companhia a estabelecimentos tradicionais, como a cantina La Pergoletta, o Bar do Paco e o português Bacalhoeiro. Mais recentemente, abriram as portas o Bar do Urso, da cerveja Colorado, e a lanchonete Beco SP, dos mesmos donos da Dock Burger.

Cao Veio, de Pinheiros, que deve ganhar filial no bairro da Zona Leste (Fernando Moraes/Veja SP)

As novidades não param por aí. O bar Cão Véio, do jurado do MasterChef Henrique Fogaça, promete inaugurar uma franquia na Rua Itapura em janeiro. O cardápio e o ambiente seguem o padrão da matriz, em Pinheiros. No início do ano que vem, o Shopping Anália Franco deve ganhar uma unidade da Burger Joint, hamburgueria vinda de Nova York que tem o ator Bruno Gagliasso como sócio.

Evangelho inclusivo

Fica no Tatuapé a única sede paulistana da Igreja Cristã Contemporânea, a primeira congregação evangélica brasileira a aceitar abertamente fiéis da comunidade LGBT. O primeiro culto ocorreu em 2013. Idealizada pelo pastor carioca Marcos Gladstone (que enfrentou várias tentativas de “cura gay” antes de tirar a ideia do papel), a entidade começou clandestinamente no Rio, foi alvo de bombas e hoje tem dez templos espalhados pelo Brasil.

Ponto histórico 

A Vila Maria Zélia (Davi Ribeiro/Veja SP)

Cravada há um século no limite entre o Tatuapé e o Belenzinho, a Vila Maria Zélia se mostrou uma inovadora ideia durante o boom industrial paulistano. É considerada a primeira vila operária do Brasil. Foram construídos por ali restaurante, salão de baile, campo de futebol, igreja e duas escolas (uma feminina e a outra masculina) para as famílias de quase 2 500 funcionários da Companhia Nacional de Tecidos de Juta, do industrial Jorge Street.

O local ganhou seu nome em homenagem a uma filha do empresário que morreu durante a construção. Em 1924, Street se desfez de tudo para quitar dívidas. Após passar pelas mãos de outros clãs endinheirados, o lugar teve altos e baixos. Foi tombado em 1992. A maior parte do espaço ainda abriga residências, porém há construções em ruínas.

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