Tabata Amaral defende pagamento a namorado durante campanha

Internautas criticaram deputada: "Vejo que a cultura da velha política também lhe contaminou"

Por Redação VEJA São Paulo SEGUIR SEGUINDO
Atualizado em 24 jul 2019, 16h13 - Publicado em 24 jul 2019, 16h11

Tabata e o namorado: defesa nas redes sociais (Reprodução/ Instagram/Veja SP)

A deputada estadual Tabata Amaral (PDT-SP) usou sua conta no Twitter nesta quarta (24) para justificar o pagamento de 23 000 reais feito a seu namorado, o colombiano Daniel Alejandro Martínez, durante sua campanha.

“O Daniel disse não a diversas oportunidades de emprego e postergou projetos profissionais, por vários meses, para poder trabalhar na minha campanha”, disse em uma das mensagens, para depois, detalhar as atividades que ele teria desempenhado. “Ele fez pesquisas, conversou com especialistas de educação e pobreza e teve um papel muito importante na construção de um documento de dezenas de páginas com minha visão e propostas para diversas áreas, de educação a moradia.”

Alguns internautas não foram convencidos pela argumentação da deputada e expressaram sua insatisfação. Um deles disse: “Qualquer outra pessoa habilitada podia fazer. Continua amoral.” Outro, mais incisivo, disparou: “Quais eram as propostas de salário superior a 23 000 mensais e projetos pessoais que seu namorado tinha quando decidiu ‘largar tudo’ para lhe assessorar? Francamente! Eu até gostava de você, mas vejo que a cultura da velha política também lhe contaminou. Lamentável!”

O pagamento de Tabata ao namorado foi revelado por uma reportagem da revista VEJA, a partir de um registro no site do Tribunal Superior Eleitoral. Segundo o contrato protocolado na Justiça Eleitoral, o companheiro da política seria incumbido do serviço de análises estratégicas para a campanha eleitoral. O local de trabalho de Martinez, um coworking no bairro da Saúde, é outra inconsistência, já que Tabata nunca teve lá um comitê.