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Startup instala mercadinho dentro de condomínios comerciais e residenciais

A Market4u cria espaços abertos 24 horas com itens que vão de comida e bebida a produtos de limpeza

Por Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 Maio 2024, 20h51 - Publicado em 29 jan 2021, 02h40
Foto de Eduardo pegando um produto na prateleira
Market4u: 500 milhões de reais no horizonte (Divulgação/Divulgação)
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Prestes a completar um ano de operação, a curitibana Market4u, que chegou a São Paulo em agosto do ano passado, é um minimercado que funciona 24 horas por dia dentro de condomínios comerciais e residenciais. Se você se lembrou daquelas máquinas de snacks e bebidas quentes, multiplique essa ideia por dez, vinte.

As unidades possuem geladeiras, freezers e gôndolas. A quantidade depende do tamanho do espaço e do número de moradores do lugar. Com 264 pontos operando na capital paulista, a startup possui 114 em fase de instalação e tem um horizonte promissor pela frente. Não tem atendente e tudo é pago via aplicativo.

“A gente mapeou 55 000 prédios residenciais que têm potencial para receber nossos serviços, além de academias, estacionamentos. Estimamos 200 000 locais só em São Paulo”, afirma Eduardo Cordova, 32, fundador da empresa, cujo faturamento no ano passado foi de 20 milhões de reais. Para 2021, a meta é vender 500 milhões de reais, dos quais metade em São Paulo.

O volume de negócios poderá elevar ainda mais o patamar da companhia, o que resultará em novos acordos comerciais com fornecedores, reduzindo preços e aumentando as possibilidades de ofertas. “Do tamanho que estamos, nosso negócio equivale a dois ou três grandes supermercados regionais”, diz o fundador da companhia. Com a meta de faturar meio bilhão de reais, a conversa será outra. “Aí passaremos a ser um player considerável.”

Prateleiras cheia de produtos e geladeira com bebidas.
Unidade em prédio da Mooca: adega para vinhos com rótulos a partir de 30 reais (Sérgio Quintella/Divulgação)

As mercadorias expostas (alimentos perecíveis e não perecíveis, produtos de higiene e limpeza, entre outros) nas gôndolas são livres, diferentemente dos produtos das geladeiras e congeladores, que precisam ser destravados por meio de um aplicativo. No caso das máquinas de bebidas alcoólicas, a abertura só ocorre para maiores de idade, cuja confirmação ocorre no app.

Nas últimas semanas, começaram a ser instaladas adegas de vinhos, com capacidade para 127 garrafas, cujos rótulos variam de 30 a 200 reais. “Também aumentaremos o rol de produtos como hortifrúti, carnes e pães, firmando parcerias com padarias e açougues locais”, promete Cordova. Outra novidade é a opção de pagamentos via Pix, que já entrou em operação, somando-se aos cartões de crédito e de alimentação.

Uma das preocupações da empresa é com a segurança. Apesar das câmeras que são instaladas (o número varia de acordo com o histórico de ocorrências), as mercadorias livres não possuem nenhum tipo de alarme — há casos de clientes que surrupiaram pouca ou muita quantidade de alimentos e bebidas.

“Num outro dia uma senhora pegou trinta garrafas de vinho e não pagou. Nosso canal de cobrança localizou quem fez os últimos acessos e confirmou tudo pelas câmeras. Entramos em contato e ela disse que se enganou, prometeu pagar, mas pediu para parcelar”, conta Eduardo Cordova. “Mantemos um índice de 3% de perdas, o que está dentro da média do varejo.”

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Para dar celeridade à expansão do negócio, a Market4u passou a oferecer franquias a interessados em tocar os negócios por conta própria. A partir de 20 000 reais o franqueado (hoje são cerca de duzentos) se encarrega de abastecer as gôndolas e geladeiras.

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Publicado em VEJA São Paulo de 3 de fevereiro de 2021, edição nº 2723

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