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Unifesp concede título de doutor honoris causa a xamã do povo Yanomani

Outorga inédita na instituição foi concedida a Davi Kopenawa pelo intenso trabalho na defesa dos povos indígenas, do meio ambiente e direitos humanos

Por Clayton Freitas
15 mar 2023, 17h37

Em cerimônia realizada nesta quarta-feira (15), a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), concedeu o título e doutor honoris causa a Davi Kopenawa, pensador, líder político e xamã do povo Yanomami. Foi a primeira vez que a universidade concedeu um título dessa natureza.

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A honraria é geralmente concedida por universidades a personalidades que se destacaram nas artes, cultura, educação, direitos humanos e outras áreas. No caso de Kopenawa, o título foi concedido pelo intenso trabalho dele na defesa dos povos indígenas, do meio ambiente e direitos humanos.

Entre outros vários atributos (leia mais abaixo), o líder indígena é integrante da Academia Brasileira de Ciências e presidente da Hutukara Associação Yanomami, além de ser ganhador de diversos prêmios no Brasil e no exterior.

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A concessão da honraria também é histórica para a Unifesp. Trata-se da primeira vez que uma personalidade é laureada com o título. Isso foi possível por meio de uma decisão de 2021 do Conselho Universitário da instituição, que definiu os critérios para a concessão de títulos honoríficos. A escolha do nome de Kopenawa surgiu por meio de uma iniciativa da própria comunidade acadêmica. A proposta de homenagear o ativista dos povos originários surgiu em 2021 após a direção da universidade receber um documento contendo 472 assinaturas de professores, técnicos e estudantes da Unifesp.

Quem é Kopenawa

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Um dos maiores ativistas na defesa dos povos indígenas e da floresta amazônica, Kopenawa atua em diversas frentes. É escritor, roteirista, produtor cultural e palestrante. Um de seus livros, “A Queda do Céu: palavras de um xamã yanomami”, foi escrito originalmente em francês com coautoria do antropólogo Bruce Albert, em 2011. Depois, foi traduzida para o italiano, português e inglês. A obra deve ganhar tradução também em alemão, espanhol e coreano.

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