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SP: Secretário diz que desmobilizará acampamentos golpistas com “diálogo”

Para Derrite, que comanda a Segurança Pública, ações que aconteceram em Brasília não se repetirão no estado e cenário é de "tranquilidade"

Por Hyndara Freitas
Atualizado em 9 jan 2023, 12h39 - Publicado em 9 jan 2023, 12h10

Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública de São Paulo, afirmou que vai usar o “diálogo” para desmobilizar os acampamentos de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que pedem golpe militar e ações antidemocráticas. Na madrugada desta segunda-feira (9), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu 24 horas para que governadores de todos os estados façam a “imediata dissolução dos acampamentos golpistas”. O estado tem 34 pontos de acampamentos bolsonaristas.

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“Temos o serviço de inteligência da PM e da Civil acompanhando as manifestações e grupos, mas São Paulo não encontra similaridade, os manifestantes aqui estão tranquilos. O efetivo dos manifestantes em frente a Assembleia Legislativa é pequeno, e e assim que chegou ao nosso conhecimento a ordem judicial do ministro da Suprema Corte nós nos reunimos hoje para dar cumprimento a essa decisão judicial, isso vai ser feito com uso escalonado”, falou Derrite em coletiva de imprensa.

“A gente vai, através do diálogo, informar para os manifestantes que existe uma ordem judicial de desmobilização dos acampamentos. Isso vai acontecer. Temos 24h para essa ordem judicial ser cumprida e ela será cumprida com a maior tranquilidade possível justamente por ter a certeza de que os manifestantes aqui em São Paulo estão realizando suas manifestações de forma pacífica“, acrescentou.

O secretário, que é um notório apoiador de Jair Bolsonaro, destacou que desde o último domingo (8) foi montado um gabinete de crise para reunir as forças policiais para monitorar os acampamentos e eventuais atentados a prédios públicos, a exemplo do que ocorreu em Brasília. Entretanto, Derrite afirmou que não quis colocar a Tropa de Choque em frente ao 1º Comando Militar do Sudeste, na Zona Sul da capital, onde grupos que não aceitam o resultado das eleições presidenciais se reúnem desde novembro, para não assustar os manifestantes.

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“Nós sobrevoamos em frente ao quartel do Comando Militar do Sudeste. Ontem a noite nos já designamos reforço no policiamento das sedes dos poderes, na Assembleia Legislativa. Temos lá a Força Tática, deixamos um pelotão de choque na sede de CPAM1, nos deixamos a Alesp com as equipes de força tática e não levamos o Choque para frente da Assembleia para que não houvesse por parte dos manifestantes ‘olha, eles vão querer fazer alguma coisa’. Enquanto eles estavam ali cumprindo o que o ordenamento jurídico e inclusive a Constituição garantia a eles, a manifestação pacífica, da nossa parte houve só o acompanhamento. E na sede do TJSP, nós reforçamos também com equipes de forças táticas evitando que algo pudesse acontecer, tomando uma precaução”, falou. O 1º Comando Militar do Sudeste fica ao lado da Assembleia Legislativa.

Derrite reforçou várias vezes que vai preferir o diálogo ao uso da força, não destacou se alguém já foi preso e não detalhou investigações sobre os movimentos antidemocráticos que ocorrem desde novembro. Segundo ele, a Polícia Federal é a principal responsável por essas apurações. “A gente vai cumprir a ordem judicial, mas a maneira como ela vai ser cumprida é que será o diferencial aqui em São Paulo. Não é intenção das forças de Segurança, é uma intenção do governador, que isso seja feito de maneira pacífica e eu entendo que assim será”, falou o secretário.

Na manhã desta segunda, manifestantes golpistas bloquearam totalmente as pistas expressa e local da Marginal Tietê, no sentido da rodovia Ayrton Senna, na altura da Ponte dos Remédios. Questionado se alguém havia sido preso, Derrite minimizou o ato, que chamou de “sui generis” porque os vândalos apenas colocaram fogo em pneus no local e rapidamente saíram. “Não eram manifestantes que estavam parados ali. A Polícia Civil vai investigar”, destacou. Também nesta manhã, houve bloqueio na Rodovia Anhanguera, na altura de Limeira, interior de São Paulo, mas a via já foi liberada.

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