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Fotógrafo do Zoológico já passou perrengues para captar imagens dos bichos

Sentir-se presa de grandes felinos, enfrentar chuva e se camuflar são alguns dos desafios e sustos enfrentados por Paulo Gil em busca de bons registros

Por Clayton Freitas
9 jun 2023, 06h00

Dos nove anos que retrata os bichos do Zoológico de São Paulo, o fotógrafo Paulo Gil, 65, afirma já ter feito cerca de 50 000 imagens dos quase 1 800 animais existentes. Apesar de seguir protocolos rígidos de segurança, ele diz já ter passado alguns sustos, embora diga nunca ter sofrido um arranhão sequer. Já sustos… Em 2017, ele foi chamado para registrar a imagem de uma girafinha que acabara de nascer quando percebeu que a “mãe girafa” deu alguns passos na direção em que estava. “Foi um nítido recado para sair de lá”, afirma.

Jacaré-de-papo-amarelo: fotógrafo capta olhar dos bichos
Jacaré-de-papo-amarelo: fotógrafo capta olhar dos bichos (Paulo Gil/Zoo SP/Divulgação)

Em outro episódio, em 2018, ele foi ao Zoo Safári, anexo do Zoológico, e teve que passar em frente ao recinto das leoas, delimitado por um vidro. Paulo constatou que as felinas acompanhavam os seus passos. “Ali eu percebi que a presa era eu. Nem imagino se não tivesse vidro.”

fotógrafo. Trata-se de uma onça-pintada, um dos animais em risco de extinção protegido pelo Zoo
Capa da edição de 21 de setembro de 2022 trouxe imagem de fotógrafo. Trata-se de uma onça-pintada, um dos animais em risco de extinção protegido pelo Zoo (Paulo Gil/Zoo SP/Divulgação)

Em outro episódio, ele ficou uma hora em uma laje sobre o recinto de uma suçuarana (onça-parda) esperando a saída dela. Quando finalmente ela apareceu, a primeira coisa que fez foi olhar para cima, onde Paulo estava. “Ela já devia saber onde eu fiquei.” Flagrar animais olhando para a lente de sua câmera é usual. Exemplo é a imagem de uma onça-pintada da capa da edição de 21 de setembro de 2022 da Vejinha e que abordava os projetos para o Zoológico, Zoo Safári e Jardim Botânico. (foto acima).

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Condor: um dos registros mais demorados que fotógrafo fez foi de ave, já que ela não ficava numa boa posição para o clique
Condor: um dos registros mais demorados que fotógrafo fez foi de ave, já que ela não ficava numa boa posição para o clique (Paulo Gil/Zoo SP/Divulgação)

Fazer os registros também envolve muita paciência, como no caso do condor, quando passou mais de uma semana indo todos os dias ao recinto para tentar fazer uma boa foto (imagem acima). Em outros momentos ele precisa tentar passar desapercebido e até já se camuflou para não chamar atenção. Foi quando tentava fotografar um tucano-de-bico-verde de vida livre (que vive solto nas matas do parque). O disfarce teve lá a sua recompensa, já que ele conseguiu flagrar a ave alimentando o seu filhote. (imagem abaixo)

Tucano-de-bico-verde: Paulo se camuflou para conseguir foto
Tucano-de-bico-verde: Paulo se camuflou para conseguir foto (Paulo Gil/Zoo SP/Divulgação)
Registro de imagem de girafas se escondendo da chuva
Registro de imagem de girafas se escondendo da chuva (Paulo Gil/Zoo SP/Divulgação)

Publicado em VEJA São Paulo de 14 de junho de 2023, edição nº 2845

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