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Justiça eleitoral cassa mandato de vereador Daniel Annenberg

Parlamentar foi um dos idealizadores do Poupatempo e migrou do PSDB para PSB; ação de tucanos o acusou de infidelidade partidária

Por Clayton Freitas
Atualizado em 15 mar 2023, 16h09 - Publicado em 15 mar 2023, 13h15

O vereador paulistano Daniel Annenberg (PSB) teve o mandato cassado pela Justiça eleitoral por desfiliação partidária sem justa causa. A ação foi movida pelo PSDB, sigla pela qual ele foi eleito para o cargo. Em nota, Annenberg diz que irá recorrer da decisão ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

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Um dos primeiros grandes atritos que ele teve com os tucanos, ninho que ele permaneceu durante 17 anos, foi durante as eleições majoritárias de 2018. Annenberg optou por apoiar, no segundo turno, Fernando Haddad (PT) em detrimento de Jair Bolsonaro (PL), que acabou eleito. À época, o PSDB liberou o voto dos seus filiados. Annenberg afirmou à época que tinha divergências com o PT, porém, não compactuava com as ideias de Bolsonaro.

Em nota, o parlamentar justificou a sua desfiliação do ninho tucano questionando os rumos do partido, que, segundo ele, passou a ignorar suas origens cunhadas nos princípios da social-democracia. “Para apoiar causas e projetos que não atuam para a redução das enormes desigualdades do Brasil, passando inclusive a contrariar o seu próprio estatuto em votações tanto no Congresso Nacional, quanto nas casas legislativas do estado e do município”, diz, em nota.

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A cassação de Annenberg ocorreu durante sessão plenária no TRE-SP desta terça-feira (14). Para o relator do caso, desembargador Silmar Fernandes, responsável por analisar a ação por infidelidade partidária movida pelo PSDB, não ficou caracterizada a mudança substancial na ideologia do partido que tenha “levado à alguma supressão ou modificação de dispositivos estatutários ou de preceitos programáticos”.

Quem assume na vaga de Annenberg na Câmara é Beto do Social (PSDB).

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Polêmica

Em fevereiro deste ano a Justiça paulista confirmou a decisão que condenou o vereador Adilson Amadeu (União Brasil) por uma ofensa por injúria racial após uma fala antissemita contra Annenberg. Amadeu informou que respeita a decisão judicial, porém, irá recorrer.

O caso aconteceu em 11 dezembro de 2019 durante uma sessão da Câmara de Vereadores que tentou incluir na pauta um projeto de lei que pretendia criar restrições aos motoristas de aplicativos. O voto contrário de Annenberg suscitou a ira do colega, que ainda o chamou de “judeu bost*”.   No mesmo dia Annenberg afirmou que recorreria à Corregedoria da Câmara de Vereadores. Posteriormente, Amadeu chegou a pedir desculpas ao colega.

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