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Sindicatos pedem investigação por racismo no McDonald’s

Funcionários delatam terem sido chamados de 'macaco', 'negrinha do cabelo ruim' e 'salon line', entre outros xingamentos

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 20 jul 2020, 20h44 - Publicado em 20 jul 2020, 17h37
 (Pixabay/Reprodução)
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Uma investigação sobre denúncias de racismo institucional no McDonald’s foi pedida por diversos sindicatos ao Ministério Público do Trabalho nesta segunda-feira (20). As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Foram registradas 16 ações judiciais individuais que relatam casos de discriminação e preconceito racial nos últimos dois anos, segundo a CUT (Central Única dos Trabalhadores), a UGT (União Geral dos Trabalhadores) e a Contracs (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço e Comércio), 

Nas denúncias, há relatos de ofensas como “negrinha do cabelo ruim”, “negrinho burro da po***”, “macaca”, “babuína”, “pretinha suja”, “salon line” (marca de cosméticos para cabelos crespos), “saci” e “volta pra favela, sua neguinha”.

Na unidade de Itaquera, na zona leste de São Paulo, funcionários relataram que eram classificados pela aparência física — os considerados mais atraentes trabalhariam em atendimento ao público, enquanto que os outros fariam tarefas próximo aos fundos das lojas.

As entidades esperam que a empresa promova campanhas de diversidade e crie canais de comunicação para denúncias sigilosas dos empregados, além de garantir o acesso dos empregados negros a postos de todos os níveis hierárquicos.

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Em nota enviado a VEJA São Paulo, a Arcos Dorados (maior franquia da rede do mundo e que opera as lojas brasileiras) informou que não teve acesso ao ofício e, portanto, não poderia comentá-lo. “Reiteramos o nosso total compromisso com a manutenção de um ambiente de trabalho inclusivo e de respeito, não tolerando nenhuma prática de assédio ou discriminação”, disse em nota.

Leia abaixo o comunicado na íntegra:

“A Arcos Dorados reitera o seu total compromisso com a promoção de um ambiente de trabalho inclusivo e de respeito. Além disso, a companhia informa que não tolera nenhuma prática de assédio ou discriminação. 

A empresa promove periodicamente treinamentos baseados em seu Código de Conduta, para comunicar e conscientizar funcionários sobre seus valores corporativos em relação à diversidade e forma de ser. Mantém, ainda, um canal de ouvidoria para denúncias, aberto a todos os empregados, e trata com confidencialidade e rigor as questões que recebe. Internamente, realiza campanhas de comunicação sobre o tema, impulsionadas pelas ações de seu Comitê de Diversidade e Inclusão, criado há dois anos. Maior geradora de primeiro emprego no Brasil, a Arcos Dorados entende sua responsabilidade em continuar evoluindo, a partir de iniciativas que incentivem, valorizem e incluam mais as pessoas, contribuindo para o desenvolvimento pessoal e profissional de todos os seus funcionários.

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Em relação à notificação mencionada, a rede informa ainda que não teve acesso ao documento e, portanto, não pode se posicionar sobre a questão.”

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