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Sindicato aceita proposta para encerrar greve no Metrô

Operação das linhas 1, 2, 3 e 15 deve ser normalizada nas próximas horas

Por Hyndara Freitas
Atualizado em 24 mar 2023, 10h19 - Publicado em 24 mar 2023, 10h00
Greve do metrô: passageiros esperam sentados no chão pela abertura da estação Belém da linha 3-Vermelha do Metrô
 (Clayton Freitas/Veja SP)
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O Sindicato dos Metroviários aceitou proposta feita pelo Metrô para encerrar a greve, deflagrada na última quinta-feira (23). A companhia aceitou pagar, em abril, o abono salarial de 2 000 reais e vai instituir o Programa de Participação nos Resultados de 2023, que será pago em 2024.

+ “Tarcísio mentiu”, diz presidente do Sindicato dos Metroviários

A decisão foi tomada pelo sindicato em assembleia realizada na manhã desta sexta-feira (24). Com isso, a operação do Metrô deve ser normalizada nas próximas horas, quando os funcionários chegarem a seus postos de trabalho. Foram paralisadas as linhas 1 – Azul, 2 – Verde, 3 – Vermelha e 15 – Prata. As linhas paralisadas transportam cerca de 3 milhões de pessoas por dia.

A greve teve início na manhã da última quinta, causando congestionamento de mais de 800 quilômetros de trânsito em toda a cidade e sobrecarregando o sistema da CPTM e os ônibus. As linhas 4 – Amarela e 5 – Lilás seguiram funcionando porque são operadas pela empresa privada ViaMobilidade, cujos trabalhadores não são filiados ao sindicato dos metroviários.

Liberação de catracas

O sindicato havia proposto ao Metrô a continuidade das operações, desde que a companhia deixasse as catracas das estações liberadas, sem cobrança de tarifa para os usuários. Inicialmente, às 9h da última quinta, o governo estadual informou que aceitaria essa alternativa e que liberaria as catracas. Na prática, isso não ocorreu: as estações permaneceram fechadas enquanto Metrô e metroviários trocavam acusações.

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Os metroviários disseram que estavam prontos para trabalhar desde às 11h, mas que era a própria direção da companhia que não liberava a reabertura das estações. O Metrô, por sua vez, afirmou que os metroviários decidiram não trabalhar mesmo após a decisão de liberar as catracas.

No fim da manhã, uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT2) determinou o retorno dos funcionários ao trabalho, sendo que nos horários de pico (entre 6h e 10h e entre 16h e 20h) deveria ser mantido 80% do efetivo trabalhando. Nos demais horários, 60% da força de trabalho deveria ser mantida.

O sindicato afirmou que o governo mentiu e a greve prosseguiu mesmo após a determinação judicial. Enquanto isso, milhares de passageiros esperavam nas estações pela reabertura, que só ocorreu parcialmente depois das 17h, quando o Metrô acionou um plano de contingência para operar alguns trechos das linhas 1, 2 e 3 – o monotrilho da Linha 15 ficou fechado – até às 20h.

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O plano foi novamente acionado na manhã desta sexta (24), mas incapaz de suprir a demanda. O Metrô chegou a pedir à Justiça a declaração de abusividade da greve e o aumento da multa pelo descumprimento da decisão judicial, de 500 000 para 1 milhão de reais por dia, mas o desembargador Valdir Florindo negou.

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