Prefeitura procura servidores municipais para negociar
Entretanto, os representantes do executivo não definiram uma data para conversar com os grevistas; trabalhadores realizam assembleia em frente à prefeitura no dia 3 de junho
Os servidores municipais de São Paulo realizam na próxima terça-feira (3) mais uma assembleia em frente à prefeitura. O ato está programado para as 14 horas. Em greve por tempo indeterminado, a categoria luta por um reajuste de 11,43%, entre outras reivindicações. Representantes do executivo já entraram em contato com os sindicalistas. “Eles ficaram de marcar uma reunião, mas ainda não definiram a data. Queremos negociar”, afirma o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São Paulo (Sindsep), Sérgio Ricardo Antiqueira.
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“À tarde faremos uma reunião para determinar os próximos passos da paralisação, que começou hoje (28). No momento, já sabemos que a greve conta com uma grande adesão no centro de controle de zoonoses e entre os assistentes sociais.”
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No total, São Paulo tem 212 000 funcionários públicos, sendo 155 000 ativos. Antiqueira diz que os servidores querem a reposição das perdas salariais devido à inflação com a aplicação imediata de 11,43% de correção no valor salarial. Além disso, os trabalhadores pedem a mudança da lei salarial, que limita em 40% o orçamento total do município para gastos com o funcionalismo, e a ampliação dos efetivos técnicos nas diversas unidades da prefeitura com concurso público inclusive para quadros administrativos e de apoio.
“Nos últimos dez anos, a receita do município cresceu 250% e o reajuste ao funcionalismo público foi de apenas 3,54%. O prefeito (Fernando) Haddad se comprometeu durante a campanha eleitoral a revisar a lei salarial, mas até agora nada foi efetivamente modificado”, explicou Sérgio.
Atualmente, um salário de nível básico a um servidor municipal é de 755 reais. Já para o nível superior, a renda aumenta para 1 800 reais.