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Em São Paulo, 72 escolas particulares devem parar nesta terça (29)

Os docentes estão mobilizados para impedir a redução do recesso escolar e do número de bolsas de estudos por filhos, entre outros pontos

Por Estadão Conteúdo
29 Maio 2018, 10h27

O segundo dia de paralisação dos professores da rede particular de ensino deve afetar nesta terça-feira (29) as aulas de ao menos 72 escolas em São Paulo, segundo levantamento do sindicato da categoria, o Sinpro. Os docentes estão mobilizados para impedir a redução do recesso escolar e do número de bolsas de estudos por filhos, entre outros pontos.

O número de escolas que devem ser afetadas nesta terça é o dobro da quarta-feira, quando houve a primeira paralisação. Segundo Luiz Barbargli, presidente do Sinpro, o apoio de pais e alunos às reivindicações deu força para que mais professores se mobilizassem nas unidades. “Quem estava mais preocupado saiu para o enfrentamento ao ver que tem apoio. Os pais não concordam com a retirada desses direitos até porque os custos deles já estão incluídos na mensalidade”, diz.

A categoria decidiu parar após mais de dois meses de impasse para aprovar a convenção coletiva. O sindicato patronal, Sieeesp propôs as alterações dos benefícios alegando dificuldades financeira, especialmente em escolas menores. A entidade também ressalta que concedeu um reajuste salarial de 3%, que estaria acima da inflação, para compensar as mudanças.

A arquiteta Fernanda Morais, de 39 anos, apoia o segundo dia de paralisação dos professores do Colégio Santa Cruz, em Pinheiros, onde estuda sua filha Valentina, de 15 anos. Na quarta-feira, a escola parou totalmente as atividades, mas hoje elas só estão suspensas no período da tarde. “A greve sempre afeta negativamente alguém, mas é a forma que eles têm para lutar pelos seus direitos. É a forma que surte efeito, reduzir esses direitos é um retrocesso.”

No domingo, um grupo de 200 pais e mães de alunos de 24 escolas da capital publicou uma carta aberta onde manifestam apoio à reivindicação e à paralisação dos professores. “O ponto que nos une é o apoio à educação de qualidade e o respeito pelo professorado. Esse respeito passa pela manutenção dos direitos já firmados em acordo coletivo há anos. Como pais e mães, estudamos o assunto e concluímos que não há motivos claros ou justificáveis para que o acordo (convenção coletiva) seja interrompido bruscamente”, diz a carta.

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O sindicato patronal propôs a redução da bolsa de estudos de dois para um filho de professor e limitada àqueles que têm carga horária semanal de ao menos 10 horas; redução do recesso escolar do fim de ano de 30 para 20 dias e aumento do tempo de contratação de 22 para 60 meses para o direito à semestralidade (pagamento dos salários restantes em caso de demissão sem justa causa antes do fim do semestre letivo).

Sem um acordo, o entrave foi levado ao Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP), que deve julgar o dissídio da categoria. O Sieesp apresentou uma nova proposta com a redução do recesso para 23 dias, restrição das bolas somente nas unidades com até 200 alunos e a extensão do prazo da garantia de semestralidade para 36 meses. A proposta não foi aceita pela categoria.

Nesta terça, os professores realizam uma série de aulas públicas pela manhã. Colégios como Equipe, Viver, Santi, Arraial das Cores e Vera Cruz convidaram os pais e os alunos para a atividade. À tarde, eles fazem uma assembleia para definir as próximas ações.

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