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Roubos crescem pelo 15º mês seguido no estado

Secretaria da Segurança Pública divulga nesta quinta-feira os números da cidade de São Paulo

Por VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 5 dez 2016, 14h03 - Publicado em 25 set 2014, 15h34

Os roubos cresceram 11,7% no estado em agosto, na comparação com o mesmo mês de 2013. Esta é a 15ª vez consecutiva que esta modalidade de crime registra alta. São Paulo apresentou ainda aumento de latrocínios e queda de roubos de veículos e homicídios, conforme os números que serão divulgados nesta quinta-feira, 25, pela Secretaria da Segurança Pública.

Para enfrentar a tendência de crescimento dos roubos que parece resistir a todas as ações policiais preventivas – nos outros meses, a secretaria já apostou em grandes operações contra o PCC, mudança nos comandos da Polícia Militar e operações em bairros com altos índices de criminalidade -, o governo de São Paulo estuda agora duas medidas.

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A primeira é pedir que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) determine o bloqueio dos aparelhos de telefonia celular com queixa de roubo. Dessa forma, não seria mais necessário a ação do dono, bastaria o registro na polícia. A segunda é deixar de cobrar a taxa pela segunda via da carteira de identidade, o RG.

A lógica por trás dessas duas medidas é o combate à suposta fraude de registro. Os roubos de celulares respondem por 17% do total desse tipo de crime no estado. O restante são ocorrências de roubos de documentos – em caso de perda, uma taxa é cobrada, mas isso não ocorre quando a pessoa é vítima de roubo.

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Policiais entrevistados acreditam que o alto número de roubos desses dois objetos pode estar relacionado à fraude contra o seguro do celular e à necessidade de se tirar a segunda via do documento sem pagar taxa de 29,06 reais.

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Esses mesmo profissionais dizem que a obsolescência rápida dos celulares e seu alto valor podem ser incentivos à fraude. O dinheiro do seguro serviria para comprar novo aparelho. “Com a chegada do iPhone 6, esse tipo de crime vai disparar”, disse um agente.

A lógica da Segurança Pública Paulista encontraria uma confirmação no comportamento do roubo de veículos. Considerando apenas esse tipo de crime, os indicadores registram uma queda de 10,9% em agosto – é o terceiro mês seguido que esse delito diminui em São Paulo.

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Como se trata de um tipo de crime com baixa subnotificação, ou seja, dificilmente deixa de ser registrado pela vítima, em razão do valor do bem levado pelos criminosos, acredita-se que sua diminuição ou eventual crescimento representa melhor a tendência da criminalidade.

Por esse raciocínio, estaríamos diante de uma redução nos índices – depois de o estado ter registrado recordes históricos desse tipo de crime no primeiro semestre.

Os roubos fazem parte dos chamados crime violentos – estupros, sequestros, homicídios e latrocínios completam a lista. Esses dois últimos fazem parte da cesta de índices para o cálculo da gratificação paga pelo Estado aos policiais que conseguem atingir a meta de redução da criminalidade, ao lado do roubo de veículos.

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A Secretaria da Segurança Pública registrou queda de 12,9% nos homicídios em agosto. Mas houve aumento de 13% nos latrocínios, que passaram de 30 para 34 casos. Nesta quinta-feira, 25, a SSP divulga os dados completos da criminalidade no estado e nos municípios. (As informações são do Estadão Conteúdo)

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