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Ricardo Trevisani conta sua trajetória

Trevisani, que começou como ajudante de garçom, agora é dono de 20% do restaurante Gero, grande sucesso da gastronomia paulistana

Por Giovana Romani
Atualizado em 5 dez 2016, 19h28 - Publicado em 18 set 2009, 20h30

Em São Paulo, poucos restaurantes alcançaram um desempenho tão impressionante quanto o do Gero, nos Jardins. Aberto em 1994 pelo empresário Rogério Fasano, que deu à casa seu apelido de infância, o endereço nunca saiu de moda. Mantém uma cozinha de alta qualidade e uma clientela fiel. Vive lotado. Há espera quase todos os dias no almoço e no jantar. “Sabe aquele filho que não deu trabalho?”, diz Rogério. “É o Gero. Carismático e divertido, conquistou sozinho tudo o que quis.” O sucesso pode ser creditado a alguns fatores: a grife Fasano, a equipe afiada e o olhar sempre atento do proprietário. A partir de agora, no entanto, Rogério pretende se distanciar um pouco da administração. Ele acaba de contemplar o paulistano Ricardo Trevisani, de 43 anos, maître-gerente do restaurante desde sua inauguração, com 20% do negócio. Assim, o empresário dá início ao que chama de cooperativa de alta gastronomia. Ele afirma que funcionários-chave de seus outros estabelecimentos também devem tornar-se sócios dos respectivos restaurantes.

Ricardinho, como é mais conhecido, começou sua carreira aos 16 anos, como cumim, ajudante de garçom, no extinto restaurante Don Fabrizio, na Alameda Santos. Nascido em uma família de classe média e apaixonado pela arte de servir, bateu à porta do antigo Fasaninho, na Rua Amauri, em 1985. “Sabia que era um dos lugares mais bacanas da cidade”, lembra. Em seis meses foi promovido a garçom. Na época, tornou-se próximo de Rogério Fasano e caiu nas graças do chef Luciano Boseggia, o então responsável pela cozinha. Por indicação de Boseggia, Ricardinho partiu para uma temporada em Lago di Garda, no norte da Itália. Durante sete anos aprendeu sobre a tradição e a gastronomia italianas. “Vi que as cantinas paulistanas não servem uma comida autêntica”, afirma. “Não é o caso dos restaurantes da grife Fasano.”

A afinidade com a família de restaurateurs e a experiência adquirida na Europa fizeram com que seu nome fosse o escolhido para gerenciar o Gero. Ricardinho participou também da inauguração de outros negócios do grupo, como o Bufê Fasano e o Gero Rio. Casado e pai de dois meninos, ele ainda cuida de dois restaurantes próprios na Riviera de São Lourenço. No dia-a-dia, ciceroneia os clientes com amabilidade e indica as especialidades da casa em um italiano teatral. “Ele tem paixão pelo que faz”, conta Rogério. Exatamente por isso foi o primeiro funcionário a receber uma parcela da sociedade de um negócio do Grupo Fasano. “Meu trabalho aqui continua o mesmo”, avisa Ricardinho. “Mas financeiramente será mais interessante.” A expectativa de Rogério é que, logo, seu novo sócio consiga comprar uma parte ainda maior do restaurante. “Pretendo me dedicar a novos projetos”, diz ele. “Quem sabe me mude para Londres daqui a alguns anos.”

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