São Paulo só terá Réveillon e Carnaval após vacina, afirma Doria
Governador disse ainda que vivemos "a maior tragédia da história deste país" e que "não há nada a celebrar"
O governador João Doria (PSDB) disse em entrevista coletiva na tarde desta quarta (15) que grandes eventos como o Réveillon e o Carnaval não deverão ser comemorados diante do cenário de pandemia do coronavírus. As festas só poderão ocorrer com a criação de uma vacina contra a Covid-19, afirmou o político.
“É a maior tragédia da história desse país em qualquer tempo. Não há nada a celebrar, não há nada a comemorar. E muita atenção àqueles que diante de um quadro como esse ainda querem fazer atividades festividades de Ano Novo ou de carnaval. Nós não temos que celebrar nem Ano Novo, nem carnaval diante de uma pandemia. Apenas com a vacina pronta e aplicada, e a imunização feita, é que podemos ter celebrações que fazem parte do calendário do país, mas neste momento, não!”, afirmou Doria.
João Gabbardo, coordenador executivo do Comitê de Contingência contra o Coronavírus, também disse que os eventos dependem de quando a vacina estará disponível ao menos para a população de maior risco.
“O centro de contingência já discutiu e aprovou a questão dos eventos, mas são eventos com entrada controlada, com capacidade reduzida, a partir da fase verde. Megaeventos, onde não há controle de quantas pessoas participam e há, definitivamente, uma aglomeração enorme, não estão na visão, vamos dizer, próxima”, disse.
Até a última terça-feira (14), o estado de São Paulo contabilizou 386 607 casos de coronavírus e 18 324 mortes; sendo 417 registradas nas últimas 24 horas. O número é o maior desde o último dia 23 de junho, quando o estado registrou 434 mortes em um dia.