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Consórcio quer adiar entrega do Anhangabaú para fevereiro de 2021

Prefeitura de São Paulo diz que manterá inauguração para 30 de outubro com obras em andamento

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 22 set 2020, 15h39 - Publicado em 22 set 2020, 11h54

O Consórcio Central, formado pela FBS Construção Civil e a Lopes Kalil Engenharia, e responsável pela reforma do Vale do Anhangabaú, solicitou um novo prazo de 90 dias para o término total da obra na região central da cidade de São Paulo. De acordo com os documentos divulgados pelo G1, o novo cronograma prevê conclusão em 28 de fevereiro de 2021.

De acordo com os documentos, essa nova prorrogação já possui o aval da área técnica da SPObras. A Prefeitura de São Paulo afirmou por meio de nota que irá reinaugurar a área no dia 30 de outubro deste ano, um mês depois da terceira data anunciada, 20 de setembro. A entrega deve ser feita incompleta, com obras ainda em andamento. 

“A obra do Vale do Anhangabaú ficará pronta no dia 30 de outubro. O espaço estará aberto aos pedestres, mas o consórcio responsável pelas obras continuará presente durante os seis meses de duração da operação assistida”, diz a nota.

No total, a obra está orçada até agora em R$ 93,8 milhões, quase R$ 14 milhões a mais do que o previsto no projeto inicial da prefeitura. Na carta enviada à prefeitura, o Consórcio atribui o novo atraso à pandemia do coronavírus que provocou o afastamento de parte da equipe. Também foi colocado como problema os serviços subterrâneos do espaço como “as inúmeras interferências, tanto com as redes de telecomunicações, quanto as concessionárias de água, esgoto, gás e energia elétrica, acarretaram a necessidade de novo planejamento de obra e prorrogação das datas finais para diversos serviços, especialmente o piso”.

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A gestão municipal admite que o cronograma da obra está atrasado. “Houve redução drástica das equipes para garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores. Também foram criadas escalas de almoço para evitar aglomerações os refeitórios. Em função deste problema de saúde pública, o cronograma teve que ser alterado. As concessionárias tiveram ainda que refazer a infraestrutura de cabeamentos e tubulações. Somente as empresas de telecomunicações somam 27 intervenções. Estes serviços continuam sendo implantados”, explica.

Obras com atraso

A reforma do Vale do Anhangabaú começou há pouco mais de um ano, em junho de 2019, e teve oito termos de aditamento de contrato entre a Prefeitura de São Paulo e o Consórcio Central. O nono aditamento está em andamento, com aval técnico do Núcleo de Gestão de Execução Contratual da SPObras para ser assinado, porém, ainda não saiu no Diário Oficial.

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As prorrogações e aditamentos aumentaram os custos totais do serviço para R$ 93,8 milhões, valor 17,4% maior do que a previsão inicial de aproximadamente R$ 80 milhões. Os motivos elencados pelo Consórcio que motivaram isso foram: imprevistos no processo de pavimentação e terraplanagem da área, interferências nas redes de telefonia, água, esgoto e gás, mudanças no projeto da praça de esportes e adequação do sistema de fontes.

A inauguração ainda tem sofrido sucessivos atrasos. A expectativa era de que o espaço fosse reaberto em junho de 2020. No entanto, houve uma mudança de data para 13 de julho, depois 20 de setembro. Agora, a nova data é 30 de outubro.

À VEJA São Paulo, a prefeitura enviou nota em que contesta as informações. Leia o posicionamento abaixo:

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“…não há qualquer contradição entre o pedido feito pelo consórcio e o prazo para conclusão da obra informado pela Prefeitura. O consórcio solicitou a prorrogação do contrato, sem o qual a legislação não permite a continuidade das obras. Para que não haja dúvidas sobre o erro de apuração da reportagem do G1, segue abaixo a publicação da prorrogação do prazo do contrato, publicada no Diário Oficial da Cidade de São Paulo no último dia 19.

A SPObras informa que a obra do Vale do Anhangabaú ficará pronta no dia 30 de outubro, mas entrará em operação assistida a partir do próximo dia 30. O espaço estará aberto aos pedestres, mas o consórcio responsável pelas obras continuará presente durante os seis meses de duração da operação assistida. O objetivo é corrigir eventuais desconformidades na obra. Serão testados, por exemplo, os mecanismos das fontes e o sistema de drenagem.

Importante esclarecer que como havia sido prometido pela Prefeitura, ficou pronta em maio a parte da requalificação, onde deveria ser realizada a Virada Cultural, adiada por causa da pandemia do novo coronavírus. Esta etapa compreende o trecho que vai da Avenida São João até o viaduto do Chá. Foram executados os serviços de demolição do piso, terraplanagem, sistema de drenagem e cisternas, sistema de elétrico, galerias técnicas, quiosques e fonte.

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A segunda etapa da entrega da obra precisou ser alterada em função da pandemia do novo coronavírus. Houve redução drástica das equipes para garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores. Também foram criadas escalas de almoço para evitar aglomerações nos refeitórios. Em função deste problema de saúde pública, o cronograma teve que ser alterado. Houve ainda atrasos significativos gerados pelas concessionárias, que tiveram que refazer a infraestrutura de cabeamentos e tubulações. Somente as empresas de telecomunicações somam 27 intervenções. Estes serviços continuam sendo implantados.

Publicação do Diário Oficial 19/9/20

7910.2019/0000349-6

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DESPACHO I – Face aos elementos constantes destes autos, em especial da manifestação da ATAJ (033238456 e 033342087), que acolho, com fundamento na Lei nº 13.278/02, regulamentada pelo Decreto nº 44.279/03 e nos termos do artigo 57, §1º, incisos I e II da Lei Federal nº 8.666/93 e suas alterações e pela competência a mim delegada na Portaria nº 002/SMSOG/2017, AUTORIZO a prorrogação de prazo do Contrato nº 025/SMSO/17, celebrado com o Consórcio Central, inscrito no CNPJ/ MF sob o nº 27.435.768/0001-44, tendo por escopo a elaboração de projetos executivos e execução das obras de requalificação e reurbanização do Vale do Anhangabaú e entorno, nos seguintes termos:

– Prorrogação do prazo de execução contratual de 21/09/2020 até 30/10/2020.”

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