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Protesto contra habeas corpus a Lula reúne 50 000 na Paulista, diz PM

Convocado pelo Vem Pra Rua e outros movimentos pró-impeachment, o ato teve sete trios elétricos e ocupou cinco quadras da avenida

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 4 abr 2018, 12h24 - Publicado em 3 abr 2018, 19h40
 (Veja São Paulo/Vem Pra Rua/Divulgação/Veja SP)
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O julgamento do pedido de habeas corpus preventivo do ex-presidente Lula, previsto para esta quarta-feira (4) motivou protestos em São Paulo. Convocado pelo Vem Pra Rua, MBL e outros movimentos pró-impeachment, o ato aconteceu na terça-feira (3) em um trecho de cinco quadras da avenida, da Alameda Campinas à Rua Peixoto Gomide. Começou às 18h e terminou por volta das 21h30, sob forte chuva.

Sete trios elétricos foram estacionados na via, interditando o local para a passagem de carros. Por volta das 18h30, a corporação estimou um público médio de 500 pessoas. O movimento aumentou a partir das 19h40, quando cerca de 5 000 pessoas acompanhavam os discursos.

Por volta das 20 horas, a PM atualizou a estimativa para mais de 50 000 manifestantes, depois de receber os números do monitoramento via helicóptero.

A questão será julgada nesta quarta (4) pelo Supremo Tribunal Federal. Os manifestantes querem que o STF mantenha o entendimento atual sobre a prisão em segunda instância. “O Lula é um criminoso condenado; claro que ele tem de ser preso. Mas nosso protesto vai além dele”, disse Adelaide Oliveira, presidente do Vem pra Rua.

Brasília, Curitiba, Rio de Janeiro e outras cidades também sediaram manifestações.

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Enrolados em bandeiras verde e amarela, muitos manifestantes carregavam faixas e cartazes pela prisão de Lula e gritavam palavras de ordem contra o STF. O ministro Gilmar Mendes era um dos principais alvo. Os ‘pixulecos’, bonecos infláveis que marcaram as manifestações do ano passado, viram hit durante os protestos. Um em cada três grupos carregava ao menos um deles. Cada boneco era vendido a 10 reais pelos ambulantes que andavam no meio da multidão. Alguns, maiores, custavam 20 – mas era possível negociá-los por 15. “Vendi 200 em menos de uma hora”, comemorava o camelô José Silva, que tinha mais 4 000 guardados na imensa mala que carregava. “Eles estavam encalhados desde a última manifestação.

Entre os manifestantes havia muitas famílias (algumas com crianças), homens e mulheres usando roupas de grife e vários grupos de idosos. Entre eles estavam a arte-educadora Maria de Lourdes Chiavone, de 68 anos, que foi ao local com a psicóloga Angela Cosac, 66, a médica Laís Ferreira, 64 e outros cinco amigos, todos maiores de 65 anos. O programa foi marcado por telefone e WhatsApp. “Nossa geração é honesta. Não admitimos que esses criminosos destruam nosso país”, protestava Maria de Lourdes.

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Maria de Lourdes Chiavone, 68, arte-educadora; Angela Cosac, 66, psicóloga; Laís Ferreira, 64, médica: encontro combinado via WhatsApp (Veja São Paulo/Veja SP)
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