Continua após publicidade

Manifestantes detidos durante ato contra a Copa são liberados

Grupos black blocs depredaram prédios e carros e a polícia usou bombas de gás lacrimogêneo para reprimir; confronto teve 146 pessoas encaminhadas para delegacias

Por Nataly Costa
Atualizado em 1 jun 2017, 17h25 - Publicado em 25 jan 2014, 19h11

Os 146 detidos pela Polícia Militar nas manifestações que ocorreram na noite do último sábado (25) durante as comemorações do Aniversário de São Paulo foram liberados já na madrugada deste domingo (26). Ao todo, 128 manifestantes haviam sido encaminhados ao 78º DP, no Jardins, e os outros 18 ao 2º DP, no Bom Retiro. O ato contra a realização da Copa do Mundo no Brasil reuniu cerca de 2,5 mil pessoas, segundo a PM.

Entre os detidos, 12 eram menores, segundo a Secretaria de Segurança Pública. Eles foram fichados por crimes como dano ao patrimônio, porte de drogas, de armas, de explosivos e furto. 

Tumulto

O protesto começou por volta das 17h na Avenida Paulista. Os manifestantes desceram a Avenida Brigadeiro Luís Antônio até o centro, passando pelo Largo São Francisco e Viaduto do Chá. Por volta das 19h30, na frente do Teatro Municipal, onde acontecia uma edição da feira gastronômica Chefs na Rua, o tumulto começou. Black blocs jogaram pedras e bolas de gude nos policiais, que revidaram com bombas de gás lacrimogêneo. Quem frequentava a feirinha e passeava durante o feriado de aniversário da cidade ficou assustado e correu para se proteger nas escadarias do teatro. 

Lojas e agências bancárias das ruas 7 de Abril e Barão de Itapetininga foram quebradas e pichadas. Depois, um pequeno grupo seguiu para a Praça da República e outro, maior, foi em direção à Avenida São Luís. 

Na esquina da São Luis com a Consolação, manifestantes fizeram uma barricada e atearam fogo em uma caçamba para impedir o avanço da polícia. A Tropa de Choque chegou e mais bombas foram atiradas. Já disperso, o protesto subiu a Rua Augusta, onde duas agências bancárias, uma concessionária e um ônibus foram depredados na esquina com a Caio Prado. Um prédio residencial também teve sua entrada quebrada. 

Continua após a publicidade

Por volta das 20h, um dos momentos mais tensos da manifestação: um grupo ateou fogo em um colchão nas imediações da Praça Roosevelt e o motorista de um fusca – que passeava com a mulher e a filha e tentava fugir do foco do protesto – passou por cima do colchão. O carro pegou fogo na hora e a família ficou presa por um tempo, até ser resgatada por fotógrafos que registravam a cena. Ninguém se feriu.

Hotel

Ao chegar na altura do número 435 da Augusta, os manifestantes foram encurralados pela PM e pela Tropa de Choque, que cercaram os dois lados da rua. Sem saída, invadiram o saguão do hotel Linson, na Rua Augusta. Policiais entraram no prédio e mais de 50 pessoas saíram de lá para a delegacia. 

augusta protesto 4
augusta protesto 4 ()

Início

Continua após a publicidade

A manifestação foi marcada pelo Facebook. Mais de 23 000 pessoas confirmaram presença no “Primeiro grande ato em 2014 contra a Copa” no Facebook e 30 delas acamparam no vão do museu desde a noite de sexta-feira.

+ Usuários de hotéis na cracolândia criam regras de conduta

Os manifestantes levavam faixas com frases como:”Se não tiver direitos, não vai ter Copa” e “Fifa, go home!”. Outras manifestações estavam agendadas em mais 32 cidades do país.

 

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de R$ 39,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.