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Professores da USP suspendem greve e aulas devem voltar na segunda

Acordo foi realizado em assembleia na manhã desta quinta (18); amanhã funcionários devem decidir pelo fim da paralisação

Por Redação VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 5 dez 2016, 14h04 - Publicado em 18 set 2014, 19h52

Os professores da Universidade de São Paulo (USP) decidiram nesta quinta (18) aceitar o acordo proposto pela reitoria para encerrar a greve, que já dura 115 dias. As aulas devem voltar na próxima segunda (22), após uma das paralisações mais longas da história da instituição.

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A reunião dos grevistas foi realizada no anfiteatro do prédio da Geografia, no campus Butantã, na Zona Oeste da capital. No encontro, foi decidido que o cronograma de reposição das aulas será acordado por cada escola. Em algumas unidades, como na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), a maioria das atividades foi suspensa. Já na Escola Politécnica, por exemplo, o calendário seguiu a previsão normal.

Nesta semana, o pagamento de um abono de 28,6% a docentes e funcionários e a reposição das horas paradas pelos servidores ainda travavam o acordo. Após pressão dos grevistas, o Conselho Universitário, órgão máximo da USP, aprovou na última terça (16) a concessão do benefício, sugerido pela Justiça do Trabalho para repor as perdas inflacionárias desde maio.

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Para chegar ao acerto, os funcionários se comprometem a compensar os dias de greve em setenta dias. Eles se dispõem a trabalhar uma hora a mais por dia. Em relação ao reajuste, permanece o valor já combinado anteriormente: 5,2% pagos em duas parcelas, uma em setembro e outra em dezembro, e pagamento de 28% de bônus.

Um nova assembleia está marcada para esta sexta (19), às 10h. O sindicato se comprometeu com o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) a propor o fim da greve aos trabalhadores. O presidente do Sintusp, Magno de Carvalho, confirmou que a paralisação possivelmente será encerrada.

A greve foi iniciada depois que o reitor da USP, Marco Antonio Zago, congelou os salários, afirmando que a crise de financiamento da universidade fez com que a folha de pagamento respondesse por 105% do orçamento.

(Com Estadão Conteúdo)

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