Procuram-se testículos de galo
Valadares, bar paulistano famoso pela iguaria, está há quase um ano sem a porção em seu cardápio
Todo bar tem seu atrativo, algo que mantenha a clientela fiel e continue angariando novos visitantes. Pode ser um chope bem tirado, uma caipirinha perfeitamente equilibrada ou um petisco de dar água na boca. No Valadares, endereço tradicional do bairro da Lapa, o grande chamariz é a porção de testículos — de boi ou de galo —, servidos à milanesa ou ao alho e óleo. E a iguaria faz sucesso. “Muita gente vem ao bar principalmente para provar o tira-gosto”, afirma Luiz Adelino, gerente da unidade da Rua Faustolo, única a preparar o prato.
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Os fãs, no entanto, há cerca de oito meses se frustam ao pedir o corte exótico do galo. O carro-chefe do Valadares está em falta e não há previsão de volta ao cardápio. “Não sabemos o motivo da escassez de testículos. O fornecedor, uma empresa de Santa Catarina, cada hora dá uma desculpa”, lamenta Adelino, que conta que, em seus dias de glória, o petisco queridinho do público atingiu a marca de mais de 20 quilos produzidos semanalmente. Seria muito apetite para pouco galo?
Antes que o boi fique enciumado com tanto chororô para o lado do concorrente, vale dizer que a porção elaborada com a sua matéria-prima segue firme e forte em cartaz. Além das versões empanada e ao alho e óleo, é possível provar o ingrediente envolto em farofa.
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Outras sugestões igualmente ousadas ajudam a preencher o vazio deixado pelos saudosos testículos de galo, casos da rã empanada e da codorna frita. Adelino, porém, não perde a esperança de recuperar seu campeão à mesa. “Esperamos voltar a receber o corte em breve.”