Cidades

Prefeitura cria “Prisômetro” após Defensoria criticar uso de reconhecimento facial no Carnaval

Parte do Smart Sampa, nova ferramenta traz dados em tempo real sobre prisões em flagrante

Por Redação VEJA São Paulo SEGUIR SEGUINDO
26 fev 2025, 12h42

O prefeito Ricardo Nunes inaugurou na terça (25) um “Prisômetro”, painel digital que contabiliza o número de foragidos da Justiça capturados, de presos em flagrante e de pessoas desaparecidas que foram encontradas. Com informações atualizadas em tempo real, o equipamento foi alocado em frente ao Centro de Comando do Smart Sampa, na Rua XV de Novembro, no centro histórico. Segundo a Prefeitura, a ferramenta também registrará em breve informações sobre veículos furtados ou roubados.

O Prisômetro faz parte do programa Smart Sampa, central com 23 mil câmeras com tecnologia de reconhecimento facial que culminou na prisão em flagrante de 1902 criminosos, 720 condenados foragidos e localização de 41 pessoas desaparecidas. “O painel também pretende inibir a atuação dos criminosos, passando a clara mensagem de que São Paulo tem uma política efetiva de segurança”, de acordo com nota da Prefeitura.

A instalação do painel foi feita em meio a críticas do Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública quanto ao uso de reconhecimento facial nos blocos Carnaval, que seriam uma violação a direitos fundamentais segundo a Instituição.

“Em nenhum momento, a Defensoria recomenda institucionalmente que prisões decorrentes de mandados judiciais deixem de ser cumpridas com o auxílio da tecnologia. Defende, no entanto, que sua aplicação ocorra com transparência, controle e respeito aos direitos de toda a população”, afirmou a Defensoria em nota. O pedido não foi acatado pelo prefeito.

Continua após a publicidade