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Prefeitura fará inquérito sorológico em funcionários da Educação

A partir dos testes, a prefeitura irá definir se permitirá ou não o retorno às aulas presenciais na capital, entre outras medidas

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 22 set 2020, 18h22 - Publicado em 22 set 2020, 18h21

A Prefeitura de São Paulo irá realizar um inquérito sorológico em professores e servidores da Educação do município. O objetivo do mapeamento é descobrir, por amostragem, quantas deles já foram infectados pela Covid-19 na cidade

Em visita ao Telecentro Obra Social Dom Bosco II, em Itaquera, o prefeito Bruno Covas falou sobre a ação. “Nós estamos definindo agora qual o tamanho da amostra para poder, da mesma forma que a gente fez o inquérito na população das crianças, fazer dos professores e servidores da área, para poder verificar qual a porcentagem de imunizados que nós temos”.

Os testes estão previstos para serem feitos na próxima semana. Os resultados devem ser divulgados no início de outubro. A partir disso, a prefeitura irá definir se permitirá ou não o retorno às aulas presenciais na capital, entre outras medidas.

O exame sorológico avalia a presença de anticorpos específicos IgM e igG, logo, identifica quem já possuiu Covid-19 no organismo. Ele é usado para monitorar a porcentagem da população que já teve contato com o vírus. E não estão imunes à doença aqueles que estiverem com esses anticorpos. 

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“Será mais um dado que a prefeitura terá à disposição não apenas para definir a questão da volta às aulas, mas para definir a adaptação, de que forma isso vai ser feito na rede pública municipal. Vamos verificar se há necessidade de contratação emergencial”, explicou Covas.

Na semana passada, o prefeito Bruno Covas autorizou retomada das aulas presenciais em universidades a partir do dia 7 de outubro. Atividades de reforço para os ensinos infantil, fundamental e médio também poderão ocorrer a partir da data. A definição sobre a volta das aulas presenciais regulares, no entanto, só será divulgada em novembro

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Situação dos alunos

Na última quinta-feira (17), foi divulgado um inquérito sorológico pela prefeitura feito com estudantes da capital paulista. Foi apontado nele que mais de 244 000 alunos das redes pública e privada já tiveram contato com o vírus da Covid-19 na cidade de São Paulo e dois terços dessa parcela são assintomáticos. 

Os dados fazem parte da terceira fase do inquérito sorológico entre crianças e adolescentes, incluindo pela primeira vez alunos de escolas particulares e estaduais do município. O índice de estudantes contaminados nas escolas particulares foi de 9,7%. Na rede estadual, esse número sobe para 17,2%. Já na pesquisa com a rede municipal, a prevalência chega a 18,4%.

66% das crianças e adolescentes das escolas públicas e privadas são assintomáticas. 70,3% dessa parcela são da rede privada. Os alunos das escolas particulares representam a maioria dos assintomáticos e 31,1% moram com pessoas de mais de 60 anos, ou seja, que fazem parte do grupo de risco. Na rede estadual de ensino, 64,1% dos positivos para o coronavírus não apresentaram sintomas e na rede municipal, 66,4% estão na mesma situação.

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O inquérito também mostra que as crianças com idades entre 4 a 5 anos (17,4%) foram as mais infectadas, em todas as redes de ensino da cidade, seguido pelas faixa etária entre 6 e 10 anos (16,6%) e depois as com idade entre 11 e 14 anos (15,9%).

Em relação a cor de pele, foi verificada que os estudantes de cor preta e parda formam a maioria dos contaminados com 17,6%, enquanto que na cor branca o percentual foi de 15,4%. A diferença havia sido notada em outras pesquisas. Também foi constatado que alunos das classes sociais D e E tem mais que o dobro (17,6%) de contaminados do que os pertencentes às classes A e B (8,4%).

Inquérito com adultos

O inquérito sorológico realizado com maiores de 18 anos na cidade de São Paulo está na quinta fase. A pesquisa divulgada na última quinta-feira constatou uma média de 40% de assintomáticos nesses adultos.

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Na ocasião da publicação dos dados, Bruno Covas disse que o alto percentual de assintomáticos é um fator decisivo para decidir sobre a volta do ensino presencial na cidade. “É importante ressaltar que é muito grande a preocupação da prefeitura por conta dos estudos apresentados e das recomendações da nossa área de saúde, da vigilância sanitária com a questão da volta as aulas. Estamos falando de uma contingência de 1 milhão e meio de alunos”.

Ele ainda destaca a diferença entre os assintomáticos nos mais jovens. “A proporção de assintomáticos é bem maior nas crianças do que quando comparado aos adultos, basicamente 70% e 40% respectivamente, a possibilidade e o receio de um segundo pico da doença caso essa atividade [aulas presenciais] volte de forma integrada na cidade de São Paulo de uma hora para outra. Então, é preciso modular, ter a devida precaução com a saúde, não apenas dos nossos alunos, mas dos professores e dos familiares”.

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