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Projeto prevê bairro dentro de Autódromo de Interlagos

A proposta permitirá a construção de até 480 mil m², o equivalente a quatro edifícios como o Copan com torres sem limite de altura

Por Estadão Conteúdo
22 fev 2018, 11h03

Maior ativo público na lista de privatizações da gestão João Doria (PSDB), o autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo, deverá ganhar um novo bairro com prédios residenciais, um complexo empresarial com escritórios e hotéis e até um shopping instalado no meio do circuito da Fórmula 1. Esses são os negócios imobiliários que a Prefeitura propõe liberar para a empresa que comprar o autódromo para valorizar a venda do espaço.

A gestão destinou ao todo três diferentes áreas que ocupam, juntas, 14% dos 960 mil m² do autódromo para que o futuro dono de Interlagos promova seus negócios. A proposta permitirá a construção de até 480 mil m², o equivalente a quatro edifícios como o Copan, prédio emblemático no centro da capital, com torres sem limite de altura. A maior área, de 70 mil m², é a do atual kartódromo Ayrton Senna, que deverá virar um bairro com cerca de 25 prédios para receber até 5 mil famílias.

Como contrapartida, o futuro dono de Interlagos terá de manter a pista oficial para atividades automobilísticas, exigência definida no projeto de lei de privatização do autódromo, instalar um parque público de acesso gratuito dentro do circuito e construir 1.579 moradias populares no entorno.

A proposta foi divulgada há duas semanas pela Prefeitura juntamente com o Projeto de Intervenção Urbana (PIU) Arco Jurubatuba, na zona sul, e ficará em consulta pública até o início do mês que vem, quando poderá sofrer algumas alterações antes de ser enviado para a Câmara Municipal até o fim de março. O projeto precisa ser aprovado em duas votações por 2/3 dos vereadores para virar lei.

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Com 78 anos de história, Interlagos foi incluído por Doria na lista de equipamentos a serem privatizados por ser muito custoso e ocioso. Segundo a Prefeitura, o gasto anual chega a R$ 55 milhões, sendo R$ 5 milhões com manutenção e pessoal e R$ 50 milhões com a montagem das estruturas provisórias para o GP de Fórmula 1, além de grandes reformas estruturais. A última, em 2016, custou R$ 160 milhões.

Em outubro do ano passado, Doria disse que queria privatizar o autódromo até março deste ano e arrecadar com ele até R$ 2,5 bilhões. Agora, porém, a meta é concluir o processo neste ano.

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