Polícia abre dois inquéritos para apurar agressões a delegada e segurança
Em julho desse ano, o comerciante foi denunciado também por agressão pelos funcionários de uma olaria e de uma loja da qual seria dono
A Polícia Civil de Três Corações, na região sul de Minas Gerais, abriu dois inquéritos contra o comerciante Luiz Felipe Neder, de 34 anos, que bateu na mulher e em uma segurança de um clube da cidade. O agressor, que está preso na penitenciária do município foi enquadrado na Lei Maria da Penha pela agressão à mulher, que é delegada de Crimes contra Mulheres de Três Corações, e por agressão corporal grave contra a segurança do clube. Condenado, o comerciante pegará, no mínimo, quatro anos de prisão: um ano pela agressão corporal grave e três pela Maria da Penha.
A pena, no entanto, especificamente no caso da sua mulher, poderá ser ampliada por decisão da Justiça, ao levar em conta aspectos como extensão corporal das lesões e humilhação pela presença de outras pessoas no local do crime, conforme previsto na Lei Maria da Penha. Neder foi preso em flagrante por volta das 18 horas do sábado (17), logo depois de bater nas duas mulheres.
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A pedido da Polícia Civil, a prisão foi convertida em preventiva, que não prevê prazo para que o investigado seja colocado em liberdade. A agressão do marido contra a delegada aconteceu dentro do clube. A segurança do estabelecimento, Edvania Nayara Ferreira Rezende, de 23 anos, teria flagrado a cena e, já na parte de fora do clube, recebeu um tapa na cara e, ao cair no chão, um chute no rosto dados por Luiz Felipe, conforme vídeo divulgado na internet.Pelo Facebook, além da foto de seu rosto, Edvania publicou texto afirmando que o vídeo foi retirado da rede social, “mas que havia chegado em boas mãos”.
“A única notícia boa que tenho pra dar pra vocês é que o agressor está preso. Mas continuem compartilhando para que outras mulheres não passem por isso e as que passem tenham coragem de denunciar os agressores”, afirmou.
Agressão a funcionários – Neder já tem passagem pela polícia. Em julho desse ano, o comerciante foi denunciado também por agressão pelos funcionários de uma olaria e de uma loja da cidade da qual seria dono. Como divulgado anteriormente, o agressor também foi preso em 2007 acusado por latrocínio (roubo seguido de morte), formação de quadrilha e tráfico de drogas.
Em nota divulgada no domingo (18), o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), condenou o episódio e incentivou mulheres que passem pela mesmo situação a denunciarem os agressores. A expectativa da Polícia Civil é de que os inquéritos estejam concluídos em dez dias.