Avaliação do governo Dilma é a pior desde a redemocratização
Percentual de entrevistados que apontam a gestão como ruim ou péssima subiu de 64% para 68%
A avaliação negativa do governo da presidente Dilma Rousseff, de 68% dos entrevistados, divulgada nesta quarta-feira (1º), é a pior da série histórica do levantamento realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Ibope desde março de 1986.
O percentual daqueles que avaliam o governo como ruim ou péssimo superou a marca negativa do presidente José Sarney, de 64%, em julho de 1989.
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De acordo com o levantamento, caiu de 12% para 9% os que avaliam o governo petista como ótimo ou bom. Isso iguala outra marca de Sarney, registrada em novembro de 1989. Também caiu de 23% para 21% os que consideram o governo regular.
A desaprovação da maneira de governar da presidente Dilma subiu de 78% para 83%. E a aprovação da maneira de governar caiu de 19% para 15%.
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Já a confiança na presidente Dilma mostra trajetória de queda: 20% dos entrevistados disseram confiar na presidente, ante 24% no levantamento anterior. Esse é o pior índice desde o início do governo, em 2011. Subiu de 74% para 78% os que disseram não confiar na petista.
Perspectiva
Tendo completado apenas seis meses de segundo mandato, a perspectiva negativa da população para o restante do governo da presidente Dilma Rousseff subiu de 55% em março para 61% em junho.
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Por outro lado, a perspectiva positiva para o restante do mandato da petista oscilou no período de 14% para 11%. Aqueles que consideram regular a perspectiva do governo até o final de 2018 oscilou em três meses de 25% para 23%.
Comparação entre mandatos
Subiu de 76% para 82% o total de entrevistados que consideram o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff pior do que o primeiro. Por outro lado, aqueles que avaliam como melhor oscilaram de 4% para 3%, portanto, dentro da margem de erro entre o levantamento de março e o realizado em junho.
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O porcentual daqueles que consideram igual os dois mandatos de Dilma caiu de 18% para 14% no período.
O levantamento foi realizado entre 18 e 21 do mês passado, antes da divulgação do conteúdo da delação premiada de Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC. Foram ouvidas 2 002 pessoas em 141 municípios. A margem de erro máxima é de dois pontos porcentuais e o grau de confiança é de 95%.