O mundo cor-de-rosa da Penélope
A repórter que ficou famosa no programa <em>Castelo Rá-Tim-Bum</em> revela detalhes da sua vida e explica a origem dos fios pink
Um belo dia, a pequena Penélope Lopes Lopes — os pais têm o mesmo sobrenome — decidiu experimentar a tintura usada na pelúcia da fábrica de seus pais e ver como ficaria com os cabelos coloridos. O tom escolhido foi o rosa. Depois de tingir as madeixas e amar o resultado, a moça nascida em Penepolândia City nunca mais mudou o estilo da cabeleira, sempre pink e mais curtinha.
Em cartaz no Teatro Alfa, a personagem conhecida como a repórter cor-de-rosa fez sucesso nos anos 90 quando surgiu com todo o seu charme no programa infantil Castelo Rá-Tim-Bum, da TV Cultura. Parecendo um verdadeiro bichinho de pelúcia, ela vestia roupas, acessórios, maquiagem e esmalte rosas. O look continua exatamente o mesmo, e a jornalista não pretende mudar. Na entrevista abaixo, Penélope, vivida no palco pela atriz Angela Dip, revela informações sobre a infância, dá detalhes sobre sua vida e fala da profissão que escolheu.
VEJA SÃO PAULO — Por que você se veste toda de rosa?
Penélope — Essa é uma história antiga. Quando pequena, meus pais tinham uma fábrica de bichos de pelúcia. Certa vez, eles receberam uma encomenda muito grande de metros e mais metros de pelúcia rosa. O problema é que o pedido foi cancelado quando eles já tinham comprado todo o material e, com isso, a fábrica faliu. Para não desperdiçar, eu, ainda menina, sugeri aproveitarmos a pelúcia. Foi aí que minha mãe entrou no ramo da moda e virou estilista. Ela fez várias roupas para mim, além de bolsas e acessórios. Continuo usando tudo rosa porque lembra a minha infância.
VEJA SÃO PAULO — Você tem irmãos?
Penélope — Não, sou filha única. Quando pequena, costumava brincar com os bichinhos de pelúcia da fábrica e os funcionários de lá. Eu fingia que era repórter e tinha que entrevistá-los. [risos]
VEJA SÃO PAULO — Foi assim que descobriu a paixão pelo jornalismo?
Penélope — Sou curiosa desde criança. Meus pais diziam que eu fazia muitas perguntas, falava bastante e até tinha um bloquinho (cor-de-rosa, é claro) onde anotava todas as minhas ideias. Acho que eu também me inspirei no meu pai. Depois que a fábrica fechou, ele foi para um jornal impresso de Penepolândia City e eu achava o trabalho dele o máximo.
VEJA SÃO PAULO — Como está a vida profissional?
Penélope — Continuo com o meu programa de variedades na televisão, sempre com muitas entrevistas e canções. Na peça Penélope, A Repórter Cor-de-Rosa, em cartaz até 25 de novembro no Teatro Alfa, eu mostro para as crianças como é o dia a dia de um jornalista televisivo e como é feito um programa. Uso seis músicas de minha autoria para isso. Aliás, adoro cantar e escrever letras, puxei esse lado do meu pai.
VEJA SÃO PAULO — E a vida pessoal?
Penélope — Vou falar como as celebridades ‘não falo sobre vida pessoal’ [risos]. É que meu marido, Ulisses, é muito reservado, ele diz que quem é uma personalidade em casa sou eu, por isso só eu devo estar na mídia. Ele prefere ficar nos bastidores mesmo.
Veja uma cena da repórter cor-de-rosa em um episódio de Castelo Rá-Tim-Bum: