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Com 19 anos, jovem coleciona medalhas com pesquisa para diminuir poluição

Patrícia Honorato participou de dezenas de feiras e financia suas idas a eventos com vaquinhas na internet

Por Guilherme Queiroz
26 abr 2019, 15h42

Patrícia Honorato conseguiu destaque nas redes sociais quando fez uma vaquinha para bancar viagens de dois eventos científicos: uma feira na Malásia que reúne jovens cientistas do mundo todo, que acontece em abril, e outra realizada na Universidade de São Paulo, que ocorreu na semana passada. Conseguiu mais de 10 000 reais na empreitada, e não foi a primeira vez: foi sua terceira arrecadação. Ela desenvolve um projeto que visa a despoluição de rios.

Moradora da capital de Goiás, Goiânia, coleciona conquistas: participou de sete eventos científicos nacionais e internacionais, como do programa Village To Raise a Child da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos; e guarda também seis medalhas e nove menções honrosas de instituições como a Sociedade Americana de Meteorologia. “Estudei boa parte da vida em escola pública”, conta ela, que mora na periferia de sua cidade. Curiosa desde pequena e ávida leitora, a jovem começou a se interessar pela área científica aos 12 anos. Em 2015 conseguiu uma bolsa para cursar o ensino médio em uma instituição particular.

Na nova escola participou de um grupo de robótica, e desenvolvendo pesquisas para competições da área, veio o projeto de despoluição. “Pensamos em desenvolver a ideia por causa do desastre de Mariana”. 

Em 2018 Patrícia foi finalista de um programa de sustentabilidade da Universidade de Harvard, o Village To Raise A Child. A instituição bancou todos os custos da viagem aos Estados Unidos (Arquivo pessoal/Veja SP)

A ideia é voltada para a solução da eutrofização: fenômeno causado pelo despejo excessivo de dejetos em rios e lagos, que ocasiona a presença excessiva de algas no ambiente, levando a falta de oxigênio na água e morte de animais. Os alunos desenvolveram um projeto para o uso das sementes da planta Moringa Oleifera, que ajudam a reverter essa situação. O grupo conquistou torneios nacionais e internacionais. Patrícia resolveu dar continuidade a pesquisa depois que se formou no ensino médio em 2017 estudando como aplicar as propriedades da planta em larga escala.

Ela passou a custear suas participações em eventos científicos por conta própria ou realizando arrecadações online. Na parte da pesquisa, conta com amigos. “Recebo ajuda de alunos e professores da Universidade Federal de Goiás”. Agora foca também na aplicação para as universidades dos EUA. “Quero tentar bolsas nas universidades de Harvard, Columbia e no Massachusetts Institut Of Technology (MIT)”.

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