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Hospitais, escolas e construtoras apostam na realidade virtual

Óculos serve como ferramenta de estudo e aliada para aumentar a venda de produtos e serviços

Por Mariana Rosario Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
7 jul 2017, 17h15
Dranger, Perucci e Ville: eles criam vídeos em formato imersivo (Leo Martins/Veja SP)
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Em três dos laboratórios paulistanos da rede Hermes Pardini, desde junho, as crianças que vão tomar vacina podem colocar óculos especiais e vivenciar cenas de um reino encantado. As enfermeiras sincronizam o momento da injeção com o filme. “Elas ficam mais relaxadas”, diz a pediatra Melissa Palmieri. No Hospital Sírio-Libanês, a ferramenta é aliada no tratamento de pessoas com problemas no labirinto, região da orelha interna responsável pela noção de equilíbrio.

Há cerca de três anos a realidade virtual desembarcou na capital de vez. A partir de então, os equipamentos com imagens em 360 graus que acompanham os movimentos da cabeça do usuário e dão a impressão de um universo paralelo espalharam-se por diversos setores da cidade.

O caráter imersivo da tecnologia fez o negócio ir além do mercado de games, pioneiro na brincadeira por aqui. O apetrecho moderninho aparece com objetivos variados em escolas, construtoras, hospitais… A agência de design Antídoto cria vídeos para a área. Quando é preciso registrar um ambiente real (e não uma animação), a equipe utiliza, entre outros modelos, um bastão com seis câmeras GoPro acopladas para captar todos os ângulos do local. Os preços variam de 5 000 a 300 000 reais, de acordo com a complexidade do projeto.

REALIDADE VIRTUAL VACINAL
Hermes Pardini: laboratórios oferecem os óculos para aliviar a tensão de crianças na hora da vacina (Leo Martins/Veja SP)

“Há três anos, eu fazia um serviço desses a cada trimestre”, afirma Gustavo Perucci, sócio da empresa junto de Fernando Dranger e Diego Ville. “Agora, faço cinco trabalhos por mês.”

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Há pouco mais de um ano a construtora Cyrela elabora apresentações para seus empreendimentos de alto padrão. Assim, os futuros proprietários podem “visitar” apartamentos que só devem ficar prontos em até quatro anos. “Investimos 250 000 reais em nove vídeos e três óculos”, diz o diretor de incorporação, Eduardo Leite.

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Cyrela: cliente experimenta óculos em lançamento imobiliário da marca (Alexandre Battibugli/Veja SP)

Na educação, alguns colégios, a exemplo do Visconde de Porto Seguro, na região do Morumbi, oferecem atividades como analisar a Via Láctea com os óculos. Desde junho as escolas de inglês Uptime proporcionam exercícios em realidade virtual, por meio de um aplicativo para celular. As inovações não devem parar por aí.

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Em setembro vai rolar o primeiro festival brasileiro sobre o tema, na Escola Britânica de Artes Criativas, na Vila Madalena. “É uma tecnologia que ficará cada vez mais popular”, acredita Fabio Hofnik, um dos criadores do evento.

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