Restaurante sai do buraco com receita de espaguete com parmesão derretido

Antes de incluir o prato no cardápio, o endereço ia mal das pernas; hoje, o dono diz ter um faturamento mensal de mais de 1 milhão de reais

Por Guilherme Queiroz
Atualizado em 2 ago 2018, 14h42 - Publicado em 1 ago 2018, 20h22
 (La Nonna Di Lucca/Divulgação)
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Fins de semana lotados, faturamento mensal declarado de 1,3 milhão de reais nas unidades Moema e Pinheiros e um prato que bomba nas redes sociais. O La Nonna Di Lucca faz sucesso com o spaghetti al formaggio, composto por macarrão, parmesão derretido e molho a escolher, que sai por 69 reais em suas três opções: di limone (molho branco, farofa de pão e molho limone), di lucca (molho branco, bacon, farofa de pão e azeite trufado) e la nonna (molho pomodoro com azeite trufado). Mas nem sempre foi assim.

A receita que alavancou o restaurante completou três anos desde que foi incluída no cardápio, e nunca foi uma especialidade do chef ou uma tradição da família de Fábio Lago, o proprietário; surgiu por uma necessidade.

A primeira unidade, em Moema, foi fundada em 2014 e inicialmente servia massas e outras receitas italianas no modelo de bufê. Lago, então, decidiu mudar para o sistema à la carte. As contas estavam no vermelho. “Defini uma meta: se não batesse um faturamento mínimo até o meio de 2015, iríamos fechar”, relembra o dono.

A equipe da casa, então, começou a buscar alternativas para atrair público, e acabou chegando por acaso ao prato que hoje fornece a maior parte do seu faturamento. “Um funcionário me mostrou um vídeo no qual uma peça de queijo era flambada e o parmesão derretido era colocado junto com o macarrão. Decidi tentar fazer”, lembra.

Não foi um sucesso imediato. O que fez a diferença, mesmo, foi um vídeo do preparo do prato, gravado por uma funcionária. O empresário publicou-o no Facebook do restaurante e a produção amadora bombou. A publicação conta hoje com mais de 1 milhão de visualizações. O resultado foi sentido rapidamente e, de junho de 2015 para janeiro de 2016, o movimento triplicou.

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A estação de montagem do al formaggio na unidade Pinheiros (La Nonna di Lucca/Divulgação)

No começo, cada al formaggio era preparado na mesa do cliente, mas a grande demanda acabou tornando a dinâmica impraticável. Uma estação de montagem foi criada na casa: “Virou um sucesso. As pessoas filmam e marcam o restaurante no stories do Instagram, Facebook, e acabam vindo mais e mais interessados”, explica Lago.

Na versão da casa, o queijo é flambado com conhaque e o macarrão é misturado com a opção de molho dentro da peça de parmesão.

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O La Nonna Di Lucca passou de oito para 42 funcionários. Cerca de 5 000 al formaggio são vendidos por mês nas unidades Moema e Pinheiros – a última foi inaugurada em junho deste ano.

O objetivo de Lago, no entanto, é que o restaurante seja reconhecido não apenas pelo prato – até porque várias outras casas paulistas também passaram a servi-lo. “Quando começamos, somente três endereços da capital preparavam a receita; hoje, são mais de quarenta. A concorrência ficou grande.”

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Nova unidade do restaurante, em Pinheiros: aberta em junho deste ano (La Nonna Di Lucca/Divulgação)
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