MAC inaugura sua nova sede com mostra de esculturas
Documento de transferência do antigo prédio do Detran será assinado em 28 de janeiro
O Museu de Arte Contemporânea (MAC) inaugura sua nova sede no próximo dia 29 com a exposição “O Tridimensional no Acervo do MAC: Uma Antologia”. Na ocasião, 17 esculturas serão exibidas no piso térreo do antigo prédio do Detran, no Ibirapuera, onde passa a funcionar o museu.
Uma cerimônia oficial, no dia anterior, vai marcar a transferência do edifício, concebido pelo arquiteto Oscar Niemeyer. A mudança acontece após o fim do impasse entre a USP, responsável pela instituição, e a Secretaria de Estado da Cultura, depois de meses de negociação. O local será doado à universidade, que concordou em arcar com as despesas anuais de funcionamento do museu.
+ Doze museus curiosos em São Paulo
+ Roteiro temático: São Paulo para intelectuais
Com seis andares expositivos para abrigar parte de uma coleção com cerca de 10.000 obras, o novo MAC não deve funcionar com todo seu potencial até, ao menos, outubro. No entanto, até a data, outras nove exposições – incluindo uma grande mostra, com o acervo do museu – já deverão estar abertas ao público, totalizando aproximadamente 1.500 trabalhos em exibição, de artistas como Kandinsky, Henry Moore, Marc Chagall, Max Ernst, Miró, Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e Candido Portinari.
Segundo o MAC, quatro meses é o prazo mínimo para funcionar adequadamente a partir da entrega oficial do prédio. Recentemente, foi concluída uma reforma no local iniciada em 2008 e que custou R$ 76 milhões. Mas o antigo edifício do Detran não conta ainda com sistema de telefonia. Da mesma forma, o restaurante – que ocupará o terraço – e o estacionamento precisam esperar licitações.
O novo MAC terá também um auditório com 140 lugares, totalizando um espaço de 32 mil metros quadrados. Entre as novas características da curadoria, destaque para o desejo de promover exposições longas, que ficarão até um ano em cartaz.
O terceiro andar do prédio da Bienal, onde atualmente funciona parte do museu, será devolvido para a prefeitura. Já o edifício no campus da Universidade de São Paulo, anteriormente ocupado pelo museu, terá suas potencialidades acadêmicas, como biblioteca e ambiente de pesquisa, reforçadas.