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Baixo Augusta ganha novas baladas

Quatro clubes foram inaugurados na região nos últimos seis meses e mais três devem abrir até o começo de junho

Por Carolina Giovanelli
Atualizado em 14 Maio 2024, 12h38 - Publicado em 21 Maio 2011, 00h50
Mapa Baixo Augusta
Mapa Baixo Augusta (Veja São Paulo/)
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Nas décadas de 50 e 60, a Rua Augusta reunia os grã-finos interessados nas requintadas lojas que se espalhavam por ela. Seu público mudou de perfil a partir da década de 70, quando, em trechos mais próximos do centro, virou ponto de prostituição. Hoje, é famosa pela faceta baladeira, iniciada em 2005, ano em que a casa noturna Vegas se instalou por lá. Depois dela, pipocaram várias outras, como Studio SP, Z Carniceria, Volt e Tapas, que fizeram da região apelidada de Baixo Augusta — delimitada pela Avenida Paulista, pela Praça Roosevelt e pela Rua da Consolação — uma concorrente poderosa para tradicionais bairros notívagos, como Vila Olímpia e Vila Madalena. Nos últimos seis meses, o sucesso foi potencializado com a inauguração de quatro clubes — e mais três estão programados para abrir as portas até o começo de junho. No cardápio, há opções para gostos diversos.

Instalado na Rua Marquês de Paranaguá, na esquina com a Rua Augusta, o glamouroso The Society, cuja abertura está marcada para sexta (27), ocupa um casarão de 800 metros quadrados construído no começo do século XX. “Será uma balada GLS mais sofisticada”, define André Almada, também sócio da disputada The Week. A decoração inclui um lustre de cristal de 3 metros de altura, quarenta retratos pintados a mão e 43 poltronas e sofás. “A ideia foi reproduzir uma mansão de um aristocrata boêmio”, explica o arquiteto Sig Bergamin, responsável pelo projeto. “Procurei elementos teatrais e europeus”, completa. Para participar dos festejos, embalados pelo moderno sistema de som Funktion-One, será preciso desembolsar até 100 reais.

+ Em primeira mão: um giro pela novíssima balada The Society

Com perfil mais moderninho, o Caos começa a funcionar no dia 30. No comando do misto de café, bar, loja retrô e balada estão dois grandes conhecedores do pedaço, José Tibiriçá, o Tibira (do Vegas e do Z Carniceria), e Netão (do eclético Bar do Netão). “Queremos receber um pessoal que não é tão garotão, por volta dos 30 anos”, afirma Tibira. “Além disso, tem de curtir música boa. Quem quiser ouvir Lady Gaga nem precisa aparecer.” Um coquetel sonoro de rock, levadas latinas e ska promete sacudir uma pista com capacidade para 120 pessoas. Na esteira dessa nova safra, a experiente hostess Adriana Recchi, a promoter Vivi Flaksbaum e o empresário Gigio usam de suas experiências baladeiras para montar o Beat Club. No começo de junho, data prevista para a inauguração, devem retomar festas históricas como a Cio e o afterhours Hell’s Club. “Escolhemos um antigo inferninho de três andares e demos um ar de cabaré”, conta Adriana.

Ameaça de saturação no pedaço? Ninguém acredita nisso, e os exemplos recém- estabelecidos animam os novatos. Entre as boates já em atividade, há duas que se destacam por um burburinho intenso. Aberto em dezembro, o LAB chama atenção por projeções hipnotizantes ao som de ritmos variados e uma carta etílica diferente. São onze drinques moleculares, chamados de “bebidas de comer”, que utilizam técnicas e equipamentos da moderna gastronomia em sua preparação. Também são constantes as filas na porta do roqueiro Beco 203, vindo de Porto Alegre. Como parte da programação, bandas e DJs sobem ao palco de terça a sábado.

Na Rua Bela Cintra, próximo às baladas Sonique e Funhouse, o Container ocupou em dezembro o endereço do extinto Bar Leblon. Frequentado por um público moderninho e arrumado, ferve com batidas eletrônicas. Por volta da 1h30, ocorrem performances de pole dance, teatro ou mágica. Para quem curte um clima mais underground, a região oferece o Anti-Social Club, aberto em fevereiro. Recebe os fãs de trance psicodélico às quintas, na noitada Klatu, marca que já dura onze anos. Na madrugada de sábado, a partir das 5 horas, promove um after-hours, uma daquelas festas que duram até o fim da manhã. “Quando resolvi montar o negócio na parte da Augusta mais próxima do centro, meus amigos me diziam: ‘Que horror, você vai falir’”, conta a sócia Nena Alava. “Hoje tenho casa cheia quase todas as noites.”

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MAPA DA FERVEÇÃO

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

1. Container: Rua Bela Cintra, 483, tel.: 4305-0133. R$ 30,00 a R$ 60,00.

2. Beat Club: Rua Augusta, 625. Telefone e preço indefinidos.

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3. Beco 203: Rua Augusta, 609, tel.: 2339-0351. R$ 10,00 a R$ 70,00.

4. Caos: Rua Augusta, 584, ainda sem telefone. R$ 50,00.

5. LAB: Rua Augusta, 523, tel.: 3159-1755. R$ 20,00 a R$ 80,00.

6. The Society: Rua Marquês de Paranaguá, 327, tel.: 3154-1669. R$ 50,00 a R$ 100,00.

7. Anti-Social Club: Rua Augusta, 124, tel.: 2639-7833. R$ 15,00 a R$ 30,00.

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