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Mulheres confessam esquartejamento de motorista

Em depoimento, amante disse que era maltratada pelo homem de 55 anos. A polícia divulgou imagens dela e de duas comparsas e decretou sua prisão temporária

Por Redação VEJASÃOPAULO.COM
Atualizado em 5 dez 2016, 14h20 - Publicado em 30 jun 2014, 12h14

As três mulheres presas na última sexta-feira (27) acusadas de terem participado do esquartejamento do motorista Álvaro Pedroso, de 55 anos, em março, confessaram o crime. Elas estão detidas no 89º DP, no Portal Morumbi, e tiveram prisão temporária de trinta dias decretada. A informação, divulgada com exclusividade por VEJASÃOPAULO.COM, foi confirmada nesta tarde pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) em coletiva de imprensa. A SSP também divulgou imagens delas. “Marlene Gomes (prostituta e amante de Pedroso) disse que passava por sessões de tortura e sodomia”, disse o delegado-geral da Polícia Civil, Luiz Maurício Souza Blazeck. A vítima foi esquartejada no banheiro do apartamento de Marlene, na Luz.

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A participação de um trio feminino era investigada desde o início pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil. A polícia conseguiu prendê-las depois de um exaustivo trabalho do Departamento de Inteligência. Um deles foi cruzar as informações da quebra do sigilo telefônico de Álvaro Pedroso. A partir daí identificaram a prostituta Francisca Aurilene Correia da Silva, de 34 anos. Após apresentarem vídeos para a mãe e irmã de Francisca, a polícia conseguiu identificar também a prostituta e amante de Pedroso, Marlene Gomes, de 56 anos. Com um mandado de busca e apreensão, prenderam as duas na Rua dos Andradas, 69, no bairro Santa Ifigênia. Elas foram detidas na sexta-feira, confessaram o crime e a participação de uma terceira prostituta, Marcia Maria de Oliveira, de 32 anos, que foi presa no sábado e também confessou. As três golpearam Pedroso na cabeça, mas a responsável pelo esquartejamento foi Marlene.

A diretora do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), Elisabete Sato, falou que, além do sadismo sexual intenso, Pedroso teria ameaçado matar a filha de Marlene. Ainda de acordo com Sato, o crime foi premeditado, pois o trio comprou antecipadamente os carrinhos para transportar as partes do corpo.

Registros em câmeras de segurança mostraram que as três circularam nas ruas próximas ao Cemitério da Consolação carregando sacos de lixo pretos. A polícia também contou com depoimento de um taxista, que as pegou na Rua da Consolação e as levou até um prédio residencial também no centro. Uma tinha cabelo loiro, a outra ruiva e a terceira era morena. Fios de cabelo encontrados na cena do crime serão usados como prova.

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A perícia do Instituto de Criminalística colheu novo material para análise, apesar delas já terem confessado. Na época, o delegado Maurício Blazek, do DHPP, disse que uma amante da vítima era tida como provável mandante. Ela contou que teria matado o motorista porque ele a maltratava.  A filha do motorista declarou à imprensa que a família sabia do caso, e que Pedroso chegou a confessar em família que estava com problemas nesse relacionamento. A vítima chegou a falar que compraria uma arma para “dar um susto” nela.

O caso

Por volta das 9h do dia 23 de março, um catador de papel encontrou em um saco de lixo duas pernas e dois braços humanos decepados. A sacola estava na esquina da Rua Sergipe com a Rua Sabará, em Higienópolis, em frente ao Cemitério da Consolação. Assustado, ele pediu a ajuda de um comerciante, que chamou a polícia.

Mais tarde, por volta do meio-dia, um tronco foi achado na região, na esquina da Rua Mato Grosso com a Rua Coronel José Eusébio. Os policiais também encontraram nas sacolas plásticas um vestido.

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As pontas dos dedos e parte da pele do tórax foram arrancadas para dificultar o trabalho da perícia.

Na manhã do dia 27 de março, agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) encontraram uma cabeça dentro de um saco plástico na Praça da Sé, no centro. Eles foram alertados por um pedestre que reparou uma grande concentração de moscas no local. No mesmo dia, peritos confirmaram que a cabeça pertencia ao corpo desaparecido em Higienópolis.

A confirmação da identidade da vítima aconteceu semanas depois, por exame de DNA. A viúva e os filhos já haviam reconhecido o retrato falado feito com a ajuda de computadores, mas o exame era necessário para confirmar a identidade de Pedroso.

Um morador de rua chegou a ser preso no dia 4 de abril depois de reconhecido como o responsável por carregar as sacolas de plástico que continham as partes do corpo. Em depoimento,ele afirmou ter recebido 30 reais para carregar os sacos, mas que não sabia qual era o conteúdo. Por ser procurado por roubo, Jerônimo foi levado para um Centro de Detenção Provisória.

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