Mulher é ferida durante protesto na Avenida Nove de Julho
De acordo com o Movimento Passe Livre, a vítima era uma moradora de rua que foi agredida pela Polícia Militar. Corporação não confirma versão
Estudantes protestaram na noite desta terça-feira (18) contra os cortes determinados pelo prefeito João Doria (PSDB) no Passe Livre Estudantil. A manifestação, que começou na Avenida Paulista e terminou na Prefeitura de São Paulo, registrou tumulto na altura da Avenida Nove de Julho. Uma pessoa ficou ferida.
Os estudantes começaram a caminhada da Praça do Ciclista até o Museu de Arte de São Paulo (Masp). Eles entoavam gritos como: “Transporte não é mercadoria!”, “Não, não, à privatização, eu quero Passe Livre para a educação” e “Se o passe reduzir, Doria vai cair”. Havia ainda faixas e cartazes afirmando que o “passe livre fica” e que “direitos não podem ser leiloados”.
Por volta das 19h, a Avenida Paulista ficou fechada nos dois sentidos. Depois, os estudantes foram para a Nove de Julho, que também foi interditada no sentido centro, perto da Praça 14 Bis, entre 20h e 21h. Nesta altura do protesto, uma mulher ficou ferida. O Movimento Passe Livre publicou em sua página no Facebook que a vítima era uma moradora de rua que foi agredida pela Polícia Militar.
A PM, no entanto, não confirma a versão. De acordo com a corporação, a mulher foi agredida na cabeça pelos próprios manifestantes, por volta das 21h30. Ela foi socorrida e levada para a Santa Casa de São Paulo, e seu estado de estado de saúde era estável.
O grupo seguiu em direção à Prefeitura de São Paulo, onde chegou por volta das 22 horas desta terça.
A partir de 1º de agosto, os estudantes poderão realizar quatro viagens durante duas horas e, em outro período do dia, mais quatro viagens em duas horas. Antes, era possível fazer oito viagens sem restrição de horários. As cotas de viagens vão variar de dez a 48 por mês, conforme a presença exigida pelo curso de cada estudante. A mudança foi publicada no Diário Oficial da cidade em 8 de julho.
A Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes espera uma economia de 70 milhões de reais até o final de 2017 com a medida. O argumento da prefeitura é de que muitos usavam o passe livre para outros fins.