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Mulher empurrada volta ao local de queda e se emociona

Jussara Araújo de Souza, de 23 anos, foi empurrada em direção aos trilhos do metrô nesta terça (10) e sobreviveu

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 11 jan 2018, 10h11 - Publicado em 11 jan 2018, 10h04

A atendente Jussara Araújo de Souza, de 23 anos, que foi empurrada em direção aos trilhos do metrô na terça-feira (10), voltou ao local da queda nesta quarta-feira (11) e se emocionou.

Segundo o G1, que acompanhou a ação, ela pegou o metrô novamente porque ainda sente muitas dores devido aos ferimentos e precisa ir ao médico pedir mais dias para se recuperar.

“Está passando tudo de novo na minha cabeça, estou com muito medo”, disse a reportagem. “Estou sentindo muitas dores no corpo e nos trinta pontos na minha perna. O médico do IML me deu um dia de afastamento, mas não tenho condições de trabalhar. Preciso que o médico me dê mais dias para me recuperar”, disse.

Ainda, de acordo com a reportagem, ela tem medo de perder o emprego pois está em fase de treinamento e precisa sustentar os três filhos.

No momento do empurrão, Jussara se encaminhava para o trabalho, próximo à estação Marechal Deodoro do Metrô. Há seis meses ela começou a realizar o percurso, de quase 20 quilômetros: partindo de ônibus de Americanópolis, na Zona Sul de São Paulo, até a estação Conceição da Linha 1-Azul do Metrô, da qual segue até o centro da cidade.

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Sobre o incidente, ela diz ter visto e sentido passarem quatro vagões sobre o seu corpo antes do metrô parar. Depois disso, quatro bombeiros desceram e a colocaram na margem do fosso, enquanto para que os demais vagões passassem. “Sentia muita dor na perna (esquerda) e no braço (direito)”, lembra ela, que foi colocada em uma maca e encaminhada para o Hospital Municipal Doutor Arthur Ribeiro de Saboya, de Jabaquara, na região sul do País.

Devido às escoriações, Jussara levou trinta pontos na perna esquerda e teve alta apenas às 22 horas, quase 8 horas após ter sido empurrada. “Estou cheia de hematomas, na testa, nos braços, nas pernas”, lembra ela, que tem três filhos, de 11 meses, de 4 e 6 anos.

Sobre o agressor, ela espera que continue preso. “Eu escapei, mas ele pode fazer outra vítima”, aponta. “A gente nunca acha que vai acontecer com a gente.”

Segundo o boletim de ocorrência, Sebastião José da Silva alegou ter empurrado a vítima após ter ouvido “vozes”. Ele foi imobilizado por passageiros próximo à plataforma e, em seguida, foi preso. O crime foi registrado na Delegacia de Polícia do Metropolitano (Delpom), localizado no terminal Palmeiras-Barra Funda.

Proteção

Para Jussara, a instalação de portas de proteção na estação, como ocorre na Linha 4-Amarela, seria uma forma de evitar novos incidentes. “É perigoso”, resume. Por meio de nota, o Metrô informou que deve concluir ainda em janeiro as tratativas para instalar portas de proteção em todas as estações “de maior demanda” da Linha 1-Azul e da Linha 3-Vermelha.

“Em setembro do ano passado, o Metrô iniciou um processo de negociação com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para abertura de uma linha de financiamento para implantação de portas de plataforma”, informou, sem especificar quais seriam as estações.

(com Estadão Conteúdo)

Vídeo mostra o momento em que a passageira é empurrada:

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