MPL ameaça com novos protestos caso a tarifa de ônibus aumente
Prefeitura estuda a possibilidade de subir o preço da passagem, atualmente em 3 reais, no começo do ano que vem
Protagonista das grandes manifestações de junho de 2013, o Movimento Passe Livre (MPL) publicou uma nota em seu site afirmando que não aceitará “nenhum aumento da tarifa” dos transportes em São Paulo e que a população “tem poder para decidir como deve ser o transporte”, lembrando as manifestações do passado.
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Atualmente, a prefeitura vem avaliando a possibilidade de elevar o preço da passagem de ônibus, que hoje custa 3 reais. O grupo informou, em mensagem nessa quinta-feira (27) que “todo aumento da tarifa é um roubo, porque cobrar pelo uso do transporte é uma injustiça”.
O MPL foi o responsável pelo estopim das marchas que paralisaram a capital paulista e outras grandes cidades no ano passado, levando a gestão municipal de Fernando Haddad (PT) e a administração estadual de Geraldo Alckmin (PSDB) a anular o reajuste praticado na época, quando a tarifa de ônibus, metrô e trem subiu para 3,20 reais.
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Naquele momento, os manifestantes engajaram-se no mote “não é só pelos 20 centavos”, cobrando das autoridades mais eficiência, conforto e qualidade no sistema público de transportes. Agora, o grupo critica o fato de o dinheiro público repassado às empresas de ônibus não ter parado de crescer nos últimos tempos.
“Desde junho de 2013, o subsídio das empresas só aumentou, sem qualquer diminuição nos seus lucros, ou mudança na forma de remuneração.” Neste ano, a prefeitura deverá gastar, com subsídios ao sistema de ônibus, 1,5 bilhão de reais. No ano passado, foram destinados para isso, 1,2 bilhão de reais.
O governo de Haddad ainda espera a conclusão de uma auditoria feita pela empresa Ernst & Young nas contas do sistema de ônibus para verificar se há meios de reduzir os seus custos e, consequentemente, diminuir a quantidade de dinheiro público gasto com o serviço. O resultado final desse estudo será publicado em 10 de dezembro.
(Com Estadão Conteúdo)