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Motorista que arrastou ciclista vai responder em liberdade

O caminhoneiro de 61 anos foi liberado da delegacia neste domingo (3)

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 4 set 2017, 08h51 - Publicado em 4 set 2017, 08h48

O caminhoneiro Mario Prestes Neto, de 61 anos, que atropelou e arrastou um ciclista em Osasco, na Grande São Paulo, semana passada, se entregou neste domingo (3), no 91° Distrito Policial (DP) do Ceagesp, na capital paulista. Investigado por homicídio doloso e fuga do local do acidente, ele foi liberado da delegacia por volta das 16h30, após o Tribunal de Justiça negar o pedido de prisão temporária da Polícia Civil.

O caminhoneiro foi liberado da delegacia neste domingo (3).

Segundo a Polícia Civil, o pedido de prisão foi negado pelo juiz por entender que o réu pode responder ao processo em liberdade, uma vez que tem idade avançada, endereço fixo, não apresentaria antecedentes e se apresentou na delegacia. Como só se entregou dias após o crime, não foi alvo de flagrante.

O advogado de defesa Cícero Oliveira dos Santos afirmou que Neto estava em Presidente Prudente, no interior paulista, em estado de choque e pensando em suicídio. Ele nega que o suspeito só tenha se apresentado neste domingo para livrar o flagrante.

Santos disse que o motorista conduzia o veículo, quando foi surpreendido por um ciclista cruzando a via e não pôde evitar o acidente. Para justificar o fato de Neto só ter parado mais de 2 km depois, mesmo com a vítima presa ao capô do carro, afirmou que o suspeito não queria “passar por cima do corpo” e que foi vítima de ameaças de pessoas que gritavam “assassino”.

Neto saiu acompanhado do advogado, sob forte assédio da imprensa e não quis falar. Do lado de fora do 91° DP, abraçou a filha que havia registrado um boletim de ocorrência para denunciar o pai como autor do crime. “Ele não ficou com raiva. Criou ela assim, para falar a verdade”, disse Santos.

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O caso aconteceu na tarde de quarta-feira (30), por volta das 17h45. A vítima foi o pintor Gilmar Barbosa da Mata, de 45 anos. Segundo o assistente de manutenção Lusimar Rodrigues Barbosa Júnior, de 23 anos, que acompanhava a vítima, ambos voltavam do trabalho em uma rede de hotéis no bairro do Morumbi, na zona sul de São Paulo, no momento do atropelamento.

Segundo o rapaz, eles atravessavam a avenida quando um veículo Renault Clio preto atingiu o pintor, que ficou um pouco para trás porque empurrava a bicicleta. Com o impacto, ele teria sido arremessado e caído no teto do carro, onde se segurou por mais de dois quilômetros até as proximidades do Complexo Viário Heróis de 1932, conhecido como Cebolão.

Natural de Boquira, na Bahia, a vítima trabalhava como pintor e morava em São Paulo havia cerca de 18 anos. Ele faria aniversário de 46 anos nesta sexta-feira, 1. O incidente ocorreu no primeiro dia em que foi ao trabalho de bicicleta, pois costumava utilizar o próprio carro no trajeto.

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De acordo com o irmão do ciclista, Nilton Barbosa da Mata, de 42 anos, ele havia se casado há cerca de 20 dias com a companheira com quem vivia. Ele era pai de dois jovens, de 14 e seis anos. “Foi uma tragédia”, resumiu.

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