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Morre o cantor Jair Rodrigues aos 75 anos

Músico foi encontrado na sauna de sua casa, na Granja Viana; velório será no fim da tarde desta quinta (9), na Assembleia Legislativa

Por Redação VEJASAOPAULO.COM
Atualizado em 5 dez 2016, 14h28 - Publicado em 8 Maio 2014, 11h53

O cantor Jair Rodrigues de Oliveira morreu nesta quinta-feira (8), aos 75 anos. Segundo a assessora de imprensa Lu Barbosa, amiga pessoal do cantor, ele foi encontrado morto na sauna da casa onde morava, na Granja Viana. Ela diz ainda que, na semana passada, ele fez uma série de exames no Hospital Sírio Libanês, e que seu estado de saúde era bom. De acordo com o resultado da perícia, a causa da morte foi infarto do miocárdio. O velório será realizado no fim da tarde desta quinta (8), na Assembleia Legislativa, Zona Sul.

A cerimônia será aberta ao público. O corpo chega ao local por volta das 18h30, momento reservado aos familiares e amigos mais próximos para prestar as últimas homenagens. Às 20h, os fãs também poderão se despedir. O enterro será nesta sexta (9), às 11h, no Cemitério Gethsêmani, no Morumbi.

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Casado com Clodine, ele deixa os filhos Luciana Mello e Jair Oliveira, ambos cantores. Como são vizinhos do pai, os filhos correram para a casa dele assim que souberam da notícia. Em sua página no Facebook, Luciana escreveu: “Quero agradecer, de coração, o imenso carinho que estamos recebendo. Em breve falaremos com todos. Só pedimos que respeitem nossa privacidade nesse momento tão difícil e sofrido… Muito obrigada!!”

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O próximo show do cantor seria na casa de shows Terra da Garoa, em São Paulo, no dia 15 de maio.

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Nascido em Igarapava em 6 de fevereiro de 1939, Jair Rodrigues começou a carreira cantando em casas noturnas no interior de São Paulo. A partir de 1960, seguiu para a capital, época em que participou de programas de calouros, como o de Cláudio Luna, na Rádio Cultura, onde conquistou o primeiro lugar na competição. 

Em 1962, gravou o seu primeiro disco. Entre os destaques, as músicas Brasil Sensacional e Marechal da Vitória, homenagens para a Copa do Mundo. Na mesma década, fez seu primeiro grande sucesso, Deixa Isso Pra Lá (Alberto Paz e Edson Meneses) e iniciou a parceria com Elis Regina, com quem lançou o disco Dois na Bossa. e apresentou o programa O Fino da Bossa, na TV Record. Em 1966, brilhou no II Festival de Música Popular Brasileira, com a canção Disparada, de Geraldo Vandré e Théo de Barros. A música dividiu o primeiro lugar com A Banda, de Chico Buarque, interpretada por Nara Leão. 

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Para Théo de Barros, a interpretação de Jair para Disparada foi fundamental para o sucesso da canção. “Na minha opinião, a música brasileira é carente de bons cantores. Principalmente se pensarmos no tamanho da nossa população. O Jair era um dos grandes nomes”, afirma Barros. “Foi ele o responsável por apresentar Menino das Laranjas, uma de minhas composições, a Elis Regina.”

Sua parceria com Elis Regina ganha destaque no espetáculo Elis – A Musical, em cartaz no Teatro Alfa. O produtor musical da peça, Luiz Calainho, narra um momento emocionante na estreia do espetáculo: “Convidamos o Jair Rodrigues e combinamos de lançar um foco de luz sobre ele, na plateia, para uma homenagem surpresa, ao final do clássico pot-pourri do número O Fino da Bossa. O que não esperávamos era que, com o encerramento da cena, ele próprio, num momento de euforia, se levantou da cadeira e começou a bater palmas com aquele sorriso imenso no rosto. O público se deu conta de que Jair estava ali e vimos o teatro inteiro se levantar para ovacioná-lo por quase três minutos. Foi inesquecível”, diz.

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Calainho lembra ainda que, durante a participação da atriz que interpreta Elis, Laila Garin, em um programa de rádio, Jair Rodrigues fez uma participação. “Ele e a Laila resolveram arriscar um pot-pourri por telefone. Nos sentimos voltando ao passado. Foi de arrepiar.” 

No histórico vídeo Disparada

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Tristeza do Jeca, em 1991 

Majestade, o Sabiá, com Chitãozinho e Xororó

 

 

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