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MP instaura inquérito para investigação de Bolsonaro e organizadores da ‘motociata’

Motivo seriam os desrespeitos às medidas de contenção da pandemia da Covid-19

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 14 jun 2021, 15h52 - Publicado em 14 jun 2021, 15h50

A Promotoria da Saúde do Ministério Público de São Paulo instaurou nesta segunda-feira (14) um inquérito civil contra os organizadores da ‘motociata’ que ocorreu no último final de semana em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O motivo seriam os desrespeitos às medidas sanitárias adotadas na pandemia da Covid-19 durante o evento.

O ato ocorreu no último sábado e foi marcado pela interdição de vias na capital paulista. Jair Bolsonaro, que estava presente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, foram multados por equipes de saúde e segurança pública por não utilizarem máscaras.

Segundo o promotor Arthur Pinto, no texto da portaria que instaurou o inquérito, o “presidente agiu como sempre age no País, desrespeitou regras de trânsito (consta que sua moto estava com a placa coberta e o mandatário se utilizou de capacete irregular), violou lei federal e decretos estaduais que têm como objetivo minorar os efeitos da pandemia, vituperou contra máscaras de proteção facial, distanciamento social, etc”.

Pinto diz ainda que “grande parte dos organizadores e participantes do ato tiveram igual procedimento [desrespeito das determinações das autoridades de saúde]”.

O promotor oficiou o Ministério Público Federal, para a investigação do presidente e demais autoridades que têm “foro por prerrogativa de função”. Outro citado foi o delegado-geral da Polícia Civil, para identificar se os organizadores da ‘motociata’ são passíveis de punição no artigo do Código Penal que prevê pena de detenção de um mês a um ano, além de multa, para quem infringir determinações do poder público que visam impedir a propagação de doenças contagiosas.

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Outros citados foram a Polícia Militar, que teve reunião com os organizadores do evento para definirem a rota e as condições para a realização do ato e a Vigilância Sanitária de São Paulo.

Segundo Arthur Pinto, o objetivo do inquérito não é impedir o “direito de reunião e manifestação”, mas sim garantir “que tais direitos sejam exercidos dentro dos limites gizados pelas normas jurídicas em vigor e pela situação pandêmica de nosso estado”.

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