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Metroviários entram em greve e linhas do metrô funcionam parcialmente

A reivindicação da categoria é por reajuste salarial; Metrô considera atitude "desumana e intransigente"

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 19 Maio 2021, 11h11 - Publicado em 19 Maio 2021, 10h12

Metroviários entraram em greve nesta quarta-feira (19) e algumas linhas do Metrô estão funcionando parcialmente desde às 7h. Anteriormente, quatro linhas estavam totalmente fechadas dependendo exclusivamente do sistema PAESE, ônibus disponibilizados para fazer transporte dos passageiros entre as estações. 

Estão funcionando os seguintes trechos: da Linha 1-Azul, da estação Ana Rosa até a Luz; da Linha 2-Verde entre as estações Alto do Ipiranga e Clínicas; da Linha 3-vermelha entre as estações Bresser-Mooca e Santa Cecíla. A Linha 15-Prata está totalmente fechada. 

Todas linhas da CPTM, Linha 4-Amarela e Linha 5-Lilás estão operando normalmente. O PAESE está sendo oferecido em toda extensão das linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha. A CET informou que há lentidão, com o índice atingindo 38 km da cidade, 17 km a mais do que no mesmo dia e horário da semana passada. A paralisação causou aglomerações em pontos de ônibus. 

A greve dos metroviários ocorreu devido às demandas não atendidas pelo Metrô na negociação salarial. Segundo a categoria, o reajuste oferecido de 2,6% não contempla a perda que houve nos últimos dois anos, em que o salário se manteve inalterado. Não há data para o fim da paralisação. 

Em assembleia, 77,4% dos funcionários do Metrô aprovaram a paralisação. A Justiça do Trabalho determinou, por meio de liminar, que 80% dos trabalhadores devem estar em seus postos de trabalho durante o horário de pico e 60% no resto do dia. A pena é R$ 100 mil por dia. 

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O sindicato ainda apontou que houve uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT) na última terça-feira (18), mas nenhum representante do Metrô compareceu. 

Por meio de nota, o Metrô destacou a liminar e tratou como “atitude desumana e intransigente” as reivindicações da categoria. Veja abaixo a nota na íntegra. 

É inadmissível que o sindicato dos metroviários, com toda a linha de frente vacinada e com a crise econômica que estamos passando, decida fazer uma greve que irá prejudicar exclusivamente o cidadão que necessita do transporte público para ir ao trabalho.

O Metrô de São Paulo fez uma proposta de acordo salarial aos seus empregados muito acima do que é praticado no mercado de trabalho e previsto na legislação trabalhista. O sindicato certamente vive em uma realidade diferente do restante do país, que sofre com desemprego, perda de renda e fome. O Metrô manteve todos os serviços e seus empregados, apesar do prejuízo de R$ 1,7 bilhão no último ano e de mais de R$ 300 milhões no primeiro trimestre de 2021.

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Ainda assim, o Metrô ofereceu a manutenção de diversos benefícios, muito além dos exigidos pela CLT, como o pagamento de vales Refeição e Alimentação, Previdência Suplementar, Plano de Saúde sem mensalidade, hora extra de 100% (CLT determina 50%), adicional noturno de 35% (CLT determina 20%), abono de férias em 60% (CLT determina 1/3), complementação salarial para afastados e auxílio creche/educação, dentre outros.

Reivindicar novos aumentos salariais e de benefícios, punindo a população com a paralisação do transporte público e deixando milhares de pessoas que cuidam de serviços essenciais, como saúde e segurança sem transporte é uma atitude desumana e intransigente. Lamentamos muito que isso esteja ocorrendo e iremos trabalhar para oferecer o melhor transporte possível aos cidadãos. Liminar da Justiça do Trabalho determina manutenção de 80% dos trabalhadores no horário de pico e 60% nos demais horários, sob pena de R$ 100 mil diários“.

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