Uma vez por mês, às 7 da manhã, um grupo de budistas da escola zen se encontra para meditar em um local inusitado: o heliponto do Edifício Copan, no centro. “Nosso desafio é ficar em estado de atenção, percebendo os barulhos internos e externos, sem reagir diante deles”, conta um dos praticantes, o cineasta Bruno Mitih (o terceiro da esq. para a dir.). A sinfonia de buzinas e o vento no alto do prédio de 32 andares são desafios sublimados pela experiência de zerar os pensamentos da mente. “Não focamos um ponto, não fazemos exercícios de respiração e não repetimos mantras.” A prática costuma ser encerrada com as oito badaladas do sino da Igreja Nossa Senhora da Consolação, na vizinha Praça Roosevelt.