Médicos residentes da Santa Casa entram em greve

Eles fazem parte do departamento de cirurgia; segundo o hospital, o atendimento ambulatorial não será afetado

Por Veja São Paulo
Atualizado em 27 dez 2016, 16h02 - Publicado em 23 ago 2016, 12h16
Fachada Santa Casa por Mario Rodrigues
Fachada Santa Casa por Mario Rodrigues (Mario Rodrigues/)
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Médicos residentes da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo entraram em greve nesta segunda-feira (22) para reivindicar uma solução a respeito da fila de espera por cirurgia no hospital. Segundo os grevistas, 113 residentes do departamento de cirurgia estão de braços cruzados. A Santa Casa afirma que 133 residentes aderiram à paralisação de um total de 755 e que o atendimento ambulatorial não foi afetado.

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Os atendimentos vão continuar a ser realizados pelos 1 213 médicos do corpo clínico, segundo a Santa Casa. “As cirurgias eletivas, aquelas marcadas com antecedência, continuam restritas, mas todas as cirurgias consideradas emergenciais, além dos atendimentos ambulatoriais e dos exames laboratoriais e de imagem, continuam sendo normalmente realizados”, informou em nota.

Em julho deste ano, o hospital suspendeu as cirurgias não emergenciais por falta de recursos. A direção informou na época que a medida foi necessária para garantir o atendimento aos pacientes do pronto-socorro e aos doentes já internados. “Há dois meses ocorreu uma diminuição substancial no número de procedimentos e nenhuma cirurgia e internação foi feita”, disse o médico residente Felipe Lacerda, um dos que aderiram à paralisação. “Isso deixou uma situação insuportável, pessoas novas continuam chegando para tratamento cirúrgico e não conseguimos dar vazão”, complementa.

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Segundo o residente, são mais de 300 pacientes com câncer na fila por operação. “A gente é solidário com a instituição e quer que eles tomem providências para solucionar o problema, mas cabe a eles e aos órgãos de saúde chegarem a um consenso.”

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“A Santa Casa continua na expectativa do recebimento de um aporte financeiro extraordinário a ser direcionado pelo Governo do Estado de São Paulo para a instituição, assim como a definição do empréstimo solicitado junto ao BNDES, a ser viabilizado por meio da Caixa Econômica Federal, para reestruturação de sua dívida, que faz parte do seu plano de reestruturação na busca do equilíbrio de suas contas e manutenção de um atendimento de qualidade, conduzido de forma sustentável para a Instituição”, complementa o hospital em nota. 

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