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Veja como consultoras da Mary Kay faturam até 200 000 reais por mês

Empresa americana de produtos cosméticos triplicou o número de representantes no Brasil e planeja abrir fábrica no país

Por Sophia Braun
Atualizado em 27 dez 2016, 18h06 - Publicado em 7 Maio 2016, 00h00

Os carrões rosa-bebê chamam atenção por onde passam. Atrás do volante, aparecem bem cuidadas consultoras de beleza da Mary Kay, a terceira maior companhia em vendas diretas de cosméticos no Brasil, atrás de Natura e Avon. Cerca de 440 000 mulheres compõem o time do negócio no país, número que triplicou desde 2013. A maioria das profissionais atua por aqui, e o rendimento inicial é de 1 000 a 4 000 reais.

Elaine Santos, de 45 anos, dirige um dos 102 automóveis coloridos registrados na capital, que apenas as representantes de elite conquistam o direito de uso pela performance. De modelos como Cruze e Captiva, os bólidos valem mais de 80 000 reais. Em 2010, Elaine trocou a carreira de gerente comercial em grandes bancos para comercializar produtos da marca focada no comércio porta a porta. O motivo? Retorno financeiro maior combinado a horários flexíveis. “Eu trabalho só à tarde e ganho seis vezes mais que no emprego anterior”, comemora. Ela integra o grupode 95 diretoras nacionais independentes, que embolsam até 200 000 reais por mês.

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A operação da americana Mary Kay no Brasil, iniciada em 1998, perde em tamanho apenas para a atuação na China e nos Estados Unidos. Apesar da crise, afilial cresceu 40% em 2015. Analistas estimam que o faturamento no país girou em torno de 600 milhões de reais no ano passado. A companhia planeja construir sua primeira fábrica nacional, ainda sem data nem local definidos (hoje, os itens têm produção terceirizada e alguns são importados). O portfólio inclui 300 cremes, perfumes e maquiagens — um batom custa 39,90 reais e uma base sai por 62 reais.

O programa de incentivo às representantes é um dos maiores chamarizes. Elas lucram com a venda dos artigos (a margem média é de 35%), podem criar equipes e ganhar comissão de até 13% sobre o rendimento das subordinadas, além de faturar outras bonificações, joias e viagens. “Tenho pelo menos 5 000 pessoas abaixo de mim”, estima Magali Moraes, 38, outra integrante do grupo das diretoras nacionais.

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Instabilidade econômica e desemprego mostram-se terreno fértil para a expansão das vendas diretas. “Há pouca burocracia e o investimento inicial é baixo”, garante Roberta Kuruzu, diretora executiva da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas. Para ingressar na Mary Kay, por exemplo, basta desembolsar 169 reais por um kit com amostras e materiais de apoio.

A estudante Vanessa Miranda Milagre tornou-se consultora há cerca de um ano, com o objetivo de complementar o salário de auxiliar de escritório. Há dois meses, no entanto, decidiu dedicar-se integralmente aos cosméticos. A jovem já fez uma plástica no nariz com seus lucros e prepara-se para receber próteses de silicone nos seios. “Ando investindo na minha imagem”,explica. Sua próxima meta: juntar dinheiro para comprar um carro. “Um dia, ele será cor-de-rosa”, sonha. 

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