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Marcius Melhem mostra conversas com Calabresa para negar assédio

A defesa da humorista afirma que a "interpelação repete estratégia comum a casos similares" para intimidar vítimas

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 16 dez 2020, 12h08 - Publicado em 16 dez 2020, 12h08

A defesa de Marcius Melhem, ex-diretor de humor da Globo, afirmou à Folha de S. Paulo que reuniu mensagens trocadas entre o humorista com a atriz Dani Calabresa na tentativa de provar, na Justiça, que haveria uma relação íntima e amigável entre os dois durante os anos de 2017 e 2019. No dia 4 de dezembro, uma reportagem feita pela Revista Piauí revelou em detalhes os episódios em que, segundo o texto, Dani foi assediada em uma festa no dia 5 de novembro de 2017

Os advogados do ex-diretor afirmam que a correspondência posterior entre os dois evidencia uma relação pessoal e profissional que “se manteve harmoniosa, com a mesma afetuosidade, nos meses e nos anos seguintes à festa” relatada na matéria.

Melhem disse ao jornal que quer levar o caso para a Justiça. “Não posso ser julgado pelo tribunal das redes sociais. Isso é linchamento, inquisição. Estou pedindo para ser julgado. Quando alguém acusado de um crime tem que ficar implorando para ser julgado?”. 

Recentemente, a defesa do ex-diretor encaminhou uma notificação extrajudicial ao e-mail de Dani Calabresa para que ela confirme, ou não, o teor da reportagem da Piauí. Os advogados José Luis Oliveira Lima e Ana Carolina Pivoesana assinaram a notificação e ela serve como uma medida preparatória para fundamentar um possível processo de Melhem contra a revista Piauí e a humorista. 

Também procurada pela Folha, a defesa da atriz afirma que a “interpelação repete estratégia comum a casos similares”. “Objetiva intimidar não apenas uma vítima específica mas outras que ainda permanecem protegidas sob sigilo e até mesmo testemunhas, como se isso fosse capaz de apagar os graves fatos narrados e cuidadosamente checados com dezenas de pessoas citadas pelas matérias”, afirma a advogada Mayra Cotta. 

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Reportagem da Piauí

Marcius Melhem foi acusado de assédio sexual em outubro deste ano pela humorista Dani Calabresa. No dia 4 de dezembro, a reportagem de João Batista Jr, da revista Piauí, revelou em detalhes os episódios em que a artista foi assediada.

De acordo com o texto, no dia 5 de novembro de 2017, o elenco de Zorra celebrou a centésima edição da série em um bar com a presença de atores e roteiristas. Durante um karaokê, a atriz, junto com outros colegas, subiu ao palco e Melhem se juntou a eles.

Enquanto dançava, Dani tentava se afastar do ex-diretor global, mas ele insistia em forçar o contato físico. Ainda no palco, o ex-diretor tentou puxar a cabeça dela em sua direção e forçar um beijo, mas a atriz se desvencilhou e desceu do palco.

Posteriormente, Dani Calabresa foi ao banheiro e, ao sair, se deparou novamente com Melhem, que tentou agarrá-la e forçou outro beijo. O relato ainda diz que ele lambeu o rosto da atriz e que, em seguida, tirou o pênis para fora da calça. Desesperada, ela conseguiu fugir da situação em direção ao salão do bar. A humorista teve uma crise de choro e foi consolada por outros dois colegas, Luis Miranda e George Sauma.

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Três dias após o episódio, também foi relatado que o ex-diretor provocou Calabresa nos ensaios de novos episódios do Zorra. Maria Clara Gueiros tentou defender a amiga e pediu para que o chefe a deixasse em paz. Melhem teria ignorado o apelo. “Eu não tenho culpa do que aconteceu! Quem mandou você estar muito gostosa?”.

De acordo com a reportagem, foram ouvidas 43 pessoas, sendo duas vítimas de assédio sexual, sete vítimas de assédio moral e três vítimas dos dois tipos de assédio por parte de Marcius Melhem.

Marcius Melhem negou as acusações. “Qualquer pessoa que tenha convivido comigo sabe que eu jamais cometeria algum ato de violência e que nunca forcei ninguém a nada. Mas parece que o único objetivo está sendo bem-sucedido: a minha condenação na opinião pública”.

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