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Linha Amarela aumenta o número de usuários e lota sistema de metrô

Inaugurada em setembro de 2011, ramal já tem mais passageiros por dia que as linhas Verde e Lilás

Por Nataly Costa
Atualizado em 5 dez 2016, 15h39 - Publicado em 18 set 2013, 11h50
Metrô 2230 - Estação Luz
Metrô 2230 - Estação Luz (Fernando Moraes/)
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Por ter sido inaugurada com pelo menos cinco anos de atraso – o primeiro prazo era 2006 – a Linha Amarela, a mais jovem do metrô, nasceu com uma forte demanda reprimida. Hoje, com apenas dois anos de funcionamento, já é responsável por ter aumentado em 25% o total de usuários do sistema metroviário, que bateu a casa dos 4,5 milhões de passageiros por dia.  

A primeira fase da linha, com seis estações (Butantã, Pinheiros, Faria Lima, Paulista, República e Luz) foi entregue em setembro de 2011, mas só começou a funcionar em horário pleno no mês seguinte. No primeiro ano de operação, o ramal já transportava 559 mil passageiros por dia útil, mais que o dobro da Linha Lilás (254 mil). De outubro de 2012 até este mês, a Linha Amarela conseguiu ganhar ainda mais passageiros: agora são 700 mil pessoas transportadas diariamente, 35% a mais que o volume de pessoas que pega a Linha Verde e suas 14 estações todos os dias.

É como se, todos os dias, 386 novos usuários passassem a usar a Linha Amarela. E a tendência, segundo a Secretaria de Transportes Metropolitanos, é que ela chegue aos 950 mil passageiros diários nos próximos anos, quase a marca das linhas Vermelha (1,1 milhão) e Azul (1 milhão), as mais superlotadas do sistema. 

Para o engenheiro e mestre em Transportes pela Escola Politécnica da USP Sérgio Ejzenberg, a Linha Amarela é a prova de que qualquer obra de metrô em São Paulo já nasce com atraso. “Nesta cidade, o que você fizer de metrô, já passou da hora”, afirma. “Quem diz que o paulistano gosta de carro não conhece o verdadeiro paulistano. A Linha Amarela é um ‘calaboca’ para esse pessoal. É o maior exemplo de que, quando você oferece opção de metrô, ele larga o ônibus e larga o carro.” 

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Ejzenberg acredita que os moradores da cidade são “vítimas históricas das obras voltadas para o carro em diferentes gestões” e que a capital precisaria de, no mínimo, 400 a 500 quilômetros de metrô. Hoje, tem apenas 74. “Basta fazer as contas. Em Londres, são 57 quilômetros de metrô por milhão de habitantes. Em Nova York, 47. Vivemos em uma cidade carente de transporte de massa.”

 

Parte do “sucesso” da linha vem da conexão com as linhas Verde do Metrô e 9-Esmeralda da CPTM. Só o túnel de transferência entre as estações Paulista e Consolação recebe 124 mil pessoas por dia, de acordo com a Via Quatro, responsável pela operação. Já a Estação Pinheiros, que integra metrô e trem, tem 130 mil passageiros oriundos da CPTM. Sérgio Ejzenberg alerta ainda para a superlotação precoce da linha. “Temos problemas graves de segurança ali, oferecendo risco aos passageiros.”

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