Levy Fidelix é mais conhecido do que Doria, diz Ibope

Pesquisa eleitoral apontou que 49% dos paulistanos não conhecem suficientemente o tucano para opinar se votariam nele ou não

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 27 dez 2016, 16h01 - Publicado em 25 ago 2016, 09h40
Joao Doria Coxinha
Joao Doria Coxinha (/)
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Levy Fidelix (PRTB) é mais conhecido pelo eleitor do que seu adversário do PSDB, João Doria. Pesquisa eleitoral do Ibope divulgada nesta terça-feira (23) apontou que 49% dos paulistanos não conhecem suficientemente o tucano para opinar se votariam nele ou não. É o maior desconhecimento entre os primeiros colocados nas intenções de voto. O “nunca ouviu falar” sobre “homem do aerotrem” é menor: 29%.

Muito provavelmente por causa disso, só 6% do eleitorado de São Paulo acha que Doria será o próximo prefeito. O principal favorito, aos olhos da população, é Celso Russomanno (PRB), que recebe 43% das apostas, 10 pontos a mais do que suas intenções de voto estimuladas. Marta Suplicy (PMDB), ao contrário, recebe menos palpites, 13%, do que declarações de voto (17%).

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Atual prefeito, Fernando Haddad (PT) é o favorito a se reeleger para 12% dos eleitores, enquanto fica com 9% das intenções de voto. A ex-prefeita Luiza Erundina (PSOL) tem os mesmos 9% de votos, mas apenas 6% das apostas de vitória.

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Diferentemente do que acontece com Doria, só 5% dizem desconhecer Haddad ou Russomanno, e 4% falam o mesmo de Marta, que deixou a prefeitura em 2004. Fora da cadeira de prefeita desde 1992, Erundina conseguiu se manter suficientemente na cabeça do eleitor – apenas 12% dizem não conhecer a deputada suficientemente.

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A vantagem de ser desconhecido é que sua rejeição tende a ser menor do que a dos rivais famosos: segundo a pesquisa de potencial de voto em Doria, 31% dos paulistanos dizem que ele não seria o escolhido de jeito nenhum. Esse tipo de rejeição é maior entre os conhecidos: 70% para Haddad, 54% para Marta, 49% para Erundina e 36% para Russomanno. 

Na pesquisa de potencial de voto, os eleitores são convidados a manifestar, em relação a cada candidato, se votariam nele com certeza, poderiam votar ou não votariam de jeito nenhum. Outra taxa de rejeição, mais genérica, é medida quando se apresenta a lista de todos os candidatos e se pergunta em qual deles o eleitor não votariam em nenhuma hipótese.

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Estratégia

O potencial de voto mostra que os favoritos precisarão adotar ações diferentes para crescer. Enquanto Doria usará o maior tempo de propagada na TV para se tornar conhecido e moldar uma imagem favorável, Haddad precisará fazer em 40 dias o que não conseguiu em quatro anos: vender uma imagem positiva de sua gestão.

Para Marta, o importante é se consolidar pelo menos em segundo lugar para disputar o segundo turno contra o líder Russomanno ou com quem vier a crescer. Precisa relembrar pontos positivos de sua gestão e tentar evitar que adversários, principalmente petistas, colem nela a imagem de vira-casaca.

Russomanno sai do patamar mais alto de todos, beirando seu teto eleitoral. Seu problema é apagar a memória das últimas eleições que disputou, nas quais largou na frente e ficou atrás. Precisa mostrar consistência, mas tem pouco tempo de TV.

Dos cinco líderes, Erundina tem a tarefa mais difícil. Seu potencial de voto (votaria com certeza e poderia votar) é semelhante ao de Marta: 39% a 42%, respectivamente. Mas o tempo de TV curto, o partido pequeno e a ausência nos principais debates limitam sua capacidade de realizar esse potencial.

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