Continua após publicidade

Lei da Uber deve abrir vagas para 12 000 carros

Nova regra deve fazer, porém, com que as viagens de Uber fiquem mais caras em São Paulo

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 27 dez 2016, 18h24 - Publicado em 21 abr 2016, 12h42

A gestão Fernando Haddad (PT) estuda liberar até 12 000 carros para transporte individual de passageiros nas ruas de São Paulo. Segundo estimativas da gestão Fernando Haddad (PT), essas “licenças” serão divididas entre condutores da Uber e demais aplicativos e taxistas. A meta é alcançar 50 000 veículos no serviço e, a médio prazo, reduzir o porcentual de viagens por carro particular.

Motoristas do Uber reclamam de queda nos ganhos

Segundo Ciro Biderman, diretor da SP Negócios, é possível que metade dessas licenças seja dada aos taxistas, por meio de alvarás permanentes. A categoria tem oferecido resistência ao projeto de lei em desenvolvimento pela gestão Haddad e pelo vereador José Police Neto (PSD) para regulamentar os aplicativos. O sorteio de novos alvarás seria, portanto, uma forma de apaziguar os ânimos.

Outra forma de valorizar os 38 000 taxistas da cidade é assegurar que veículos da Uber e demais aplicativos não obtenham aval para rodar por faixas exclusivas e corredores de ônibus. Essa vantagem, dizem os taxistas, é a única que sobrou.

Biderman afirma que a regra não vai mudar. “Os taxistas estão hoje no pior dos mundos. Sem regulação, a Uber está operando sem limites. Alguns taxistas, aos poucos, estão entendendo isso. É normal a resistência no começo, a história diz isso”, afirma. Ele defende o modelo de venda de créditos para uso do viário. Pela proposta, só poderão atuar na capital empresas que se cadastrarem e pagarem por quilômetro rodado.

Continua após a publicidade

Saiba qual a nota que os motoristas do Uber deram pra você

A gestão Haddad afirma que essa regulação pretendida por meio de lei possibilita à cidade organizar e controlar melhor o tráfego de veículos, especialmente nos horários de pico. Se aprovada, a ideia é incentivar o transporte individual em regiões periféricas, fora do pico e com veículos que levem mais de um passageiro. Nesses casos, o crédito será mais barato.

Leilão

Biderman afirma que a ideia de vender créditos por leilão foi descartada pela prefeitura. A proposta agora é cobrar pelo uso do viário depois de realizadas as viagens. “Vamos calcular quantos quilômetros foram usados no dia seguinte e emitir um boleto com prazo de três dias para pagamento.”

Continua após a publicidade

A nova regra deve fazer com que as viagens de Uber fiquem mais caras em São Paulo. O porcentual, no entanto, vai variar de acordo com a margem de lucro determinada pela empresa. Se aceitar cobrar menos do motorista, reduzindo assim seu lucro, o aumento pode ser pequeno. Hoje, andar de Uber pode custar até metade do preço cobrado pelos táxis.

+ Confira as últimas notícias da cidade

Com a lei em vigor, a prefeitura espera aumentar a competitividade entre as empresas. Se a Câmara aprovar a proposta de regulamentação dos aplicativos – são necessários votos favoráveis de 28 dos 55 vereadores -, a expectativa é de que outra multinacional americana, a Lyft, passe a operar no município. 

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de R$ 39,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.