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Kassab recebeu R$ 58 milhões da J&F, afirma PGR

O ex-prefeito de São Paulo é alvo de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira, 19

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 19 dez 2018, 09h18 - Publicado em 19 dez 2018, 09h14

A procuradora-geral da República Raquel Dodge afirma que o atual ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab (PSD), recebeu R$ 58 milhões do grupo J&F, dono da JBS. O ex-prefeito de São Paulo é alvo de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira, 19.

Segundo Raquel Dodge, os recebimentos de valores indevidos se deram em duas situações distintas. Uma delas, diz a PGR, ocorreu entre 2010 e 2016, período em que o político teria recebido R$ 350 mil mensais, alcançando, ao todo R$ 30 milhões.

“O objetivo dos pagamentos era contar com poder de influência do ministro em eventual demanda futura de interesse do referido grupo”, diz a PGR. Os repasses teriam sido feitos por meio de contratos falsos entre a J&F e uma empresa de prestação de serviços com uma empresa do ramo de transportes.

Na segunda ocasião, em 2014, cita a PGR, foram pagos R$ 28 milhões ao diretório Nacional do PSD, na época, presidido por Gilberto Kassab. O objetivo dos pagamentos era garantir o apoio do PSD ao PT na disputa presidencial de 2014.

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“Neste caso, o repasse foi operacionalizado por meio de doações oficiais de campanha e outros artifícios como a quitação de notas fiscais falsas. Também há registro da entrega de dinheiro em espécie”, diz a PGR.

A PF faz busca e apreensão no apartamento de Kassab em São Paulo. O ministro, que, está em Brasília, afirmou estar tranquilo e negou ter cometido irregularidades, informou a GloboNews.

Em nota, Kassab diz confiar na Justiça brasileira

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação, Gilberto Kassab (PSD), que nesta quarta-feira, 19, é alvo de busca e apreensão da Polícia Federal, disse em nota que confia na Justiça brasileira, no Ministério Público e na imprensa. 

O ex-prefeito de São Paulo diz, ainda, saber que as pessoas que estão na vida pública estão corretamente sujeitas à especial atenção do Judiciário. Na nota, o ministro reitera que está sempre à disposição para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários, destacando que todos os seus atos seguiram a legislação e foram pautados pelo interesse público.

A ação da PF foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e tem origem no acordo de colaboração dos executivos do grupo J&F. A procuradora-geral da República Raquel Dodge afirma que o ministro recebeu R$ 58 milhões do grupo.

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