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Justiça decreta prisão preventiva de quadrilha que cavou túnel

Juíza considerou que a quadrilha havia investido dinheiro no ataque e planejava furtar mais de 1 bilhão de reais do banco

Por Estadão Conteúdo
4 out 2017, 08h47

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decretou nesta terça-feira (3) a prisão preventiva dos 16 presos em flagrante, acusados de escavar um túnel até o cofre principal do Complexo do Banco do Brasil, em Santo Amaro, na Zona Sul da capital. Na decisão, a juíza considerou que a quadrilha havia investido dinheiro no ataque e planejava furtar mais de 1 bilhão de reais do banco.

Acusados de tentativa de furto qualificado e organização criminosa, os presos foram levados à audiência de custódia, no Fórum da Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo, por volta das 17h10 desta terça. No tribunal, eles foram mantidos de algemas por questão de segurança, uma vez que eram mais numerosos do que os policiais que trabalham no fórum. Um deles, Milton César Borges, também foi autuado por uso de documento falso.

“Consigne-se que a prisão em flagrante dos autuados resultou de investigação policial em curso há cerca de três meses, em que se apurou que os investigados, integrantes de organização criminosa pretendiam efetuar subtração bilionária do cofre de uma instituição financeira”, escreveu a juíza Bruna Acosta Alvarez, que também não concedeu nenhuma medida cautelar aos presos.

No documento, a juíza destacou que a quadrilha usava dois imóveis para tentar praticar o furto. O primeiro, um galpão na Rua Masao Watanabe, na Zona Norte, onde os policiais encontraram uma conta de água da outra residência, que fica na Rua Antônio Buso, na Zona Sul. Todos os presos teriam sido visto pelos policiais frequentando os dois endereços.

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Segundo as investigações, o primeiro endereço funcionava como uma espécie de quartel-general da quadrilha. Lá, os investigadores apreenderam equipamentos de metalurgia. Já no segundo local, alugado em junho por 2 000 reais por mês, os bandidos escavaram um túnel de cerca de 600 metros até a Tesouraria Central do Banco do Brasil do bairro.

Na decisão, a juíza afirma que, no cofre, “estaria guardado numerário considerável, uma vez que, segundo declarações do representante legal da vítima, o referido local é responsável pelo armazenamento compulsório dos bancos, podendo guardar até o montante de cinco bilhões de reais”.

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De acordo com a Polícia Civil, os presos tiveram de investir cerca de 4 milhões de reais, dinheiro que teria sido levantado com uma “vaquinha” de cerca de 200 000 reais para cada. “Há de se sopesar, ainda, que, a indicar ainda maior gravidade das condutas, houve investimento de considerável quantia em dinheiro, havendo, ademais, indícios de envolvimento dos autuados com facção criminosa”, escreveu a juíza.

A decisão também considerou que dois dos presos eram procurados da Justiça – um deles o perueiro Alceu Gomes Nogueira, de 35 anos, apontado como líder da quadrilha e suspeito de planejar o ataque à uma transportadora de valores no Paraguai, em abril. Só quatro deles não tinha passagem pela polícia, segundo o documento. “Em que pese não tenha havido emprego de grave ameaça e violência, restou evidenciado, num primeiro momento, cuidar de indivíduos experientes no mundo do crime, claramente organizados e previamente ajustados.”

“A prisão preventiva é necessária para garantia da ordem pública para conveniência da instrução processual e para assegurar aplicação da lei penal”, afirmou Bruna Acosta Alvarez, no documento. “Os crimes imputados aos indiciados são de extrema gravidade (…) motivo pela qual a manutenção da custódia cautelar é de rigor, para a garantia da ordem público e para que a sociedade não venha se sentir privada de garantias para sua tranquilidade.”

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